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Empresário que assinou ‘manifesto pela democracia’ tem fazenda de empresa invadida pelo MST

Em 2022, o “manifesto em defesa da democracia elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a carta encabeçada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) em defesa do Estado Democrático de Direito acirrava o debate político-eleitoral”, como explicava o portal Gazeta do Povo em reportagem daquele ano.

Entre aqueles que assinaram o manifesto havia muitos grandes nomes do empresariado brasileiro, como, por exemplo, Walter Shalka, presidente da empresa de papel e celulose Suzano.

Walter Schalka, 62 anos, é presidente da Suzano há 10 anos. Durante a trajetória na empresa, recebeu por 7 vezes o prêmio de melhor CEO do setor de papel e celulose da América Latina pela Fastmarkets RISI. Também foi reconhecido como Melhor CEO parceiro do RH em 2014, pela Você RH.

Este ano, mais um reconhecimento: o presidente da Suzano Papel e Celulose foi escolhido como vencedor do “Prêmio de Pessoa do Ano de 2023” da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos (Brazilian-American Chamber of Commerce).

Em julho do ano passado, ele afirmou, naquele momento de embate político que vivia o país, que “a mobilização de empresários em torno de temas políticos nunca foi tão grande, às vésperas das eleições presidenciais”.

A fala foi dada em entrevista ao portal UOL poucos dias depois de ser um dos signatários da carta em ‘defesa da democracia’, que mobilizou toda a ordem de oposição contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

UM ano anos, em outra entrevista, defendeu uma ‘mudança no capitalismo’: “Precisamos reinventar o capitalismo. Da forma como vem acontecendo, e que se agravou na crise, quem é rico fica mais rico ou menos pobre, e quem é mais pobre fica mais vulnerável” disse ele em 2021.

Fato é que Lula venceu as eleições e, já no início de seu governo, recomeçaram as invasões às fazendas pelo Brasil por movimentos que exigem reforma agrária. No início da semana, por exemplo, o MST resolveu ‘ocupar’ (como o grupo costuma chamar os atos) uma enorme fazenda com plantação de eucaliptos na Bahia.

O local, curiosamente, pertence justamente à empresa de papel e celulose Suzano, presidida por Walter Shalka, o mesmo que assinou a tal ‘carta pela democracia’ e pediu mudanças no capitalismo.

“Latifúndio”
Naquela entrevista ao UOL, Walter falou sobre o ‘trabalho ambiental’ da Suzano: “somos carbono negativo. Ampliamos nossa base florestal, mas preservamos 1 milhão de hectares (de floresta nativa). Vamos aumentar nossa base de preservação e plantaremos 30 mil hectares de florestas nativas. Além disso, plantamos 800 mil árvores por dia, 365 dias por ano. É o maior programa de plantio florestal do mundo”.

Não é o que pensa o MST. EM nota divulgada defendendo a ‘ocupação’, o movimento classificou a fazenda da empresa de ‘latifúndio’: “Na madrugada desta segunda-feira (27), cerca de 1.700 famílias Sem Terra na Bahia ocuparam quatro latifúndios, sendo um latifúndio de nome Fazenda Limoeiro, abandonado há 15 anos, localizado no município de Jacobina, e três latifúndios de monocultivo de eucalipto, da empresa Suzano Papel e Celulose, localizados nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas”.

O ato também é uma “denúncia contra a monocultura de eucalipto na região, que vem crescendo nas últimas décadas. E o uso de agrotóxicos pela empresa, que prejudica as poucas áreas cultivadas pelas famílias camponesas e o o êxodo rural provocado pela monocultura do eucalipto na região”, diz o MST.

“Os trabalhadores e trabalhadoras repudiam ainda os problemas relacionados a crise hídrica nos municípios, causados pela produção em grande escala de eucalipto e a pulverização aérea realizada nas área dos monocultivos”.

Também denuncia a “grande concentração de terras por fazendeiros e empresas do agronegócio na Bahia, e que essa prática contribui diretamente para o aumento indiscriminado dos índices de desigualdades sociais, além de causar impactos ambientais irreversível, provocando um descontrole ambiental com chuvas torrenciais, enchentes, deslizamentos de terra, secas prolongadas e incêndios devastadores”.

Para o MST, o modelo de produção baseado na concentração de terra e no monocultivo é insustentável e não gera desenvolvimento. Sua prática causa danos sociais, culturais e ambientais incalculáveis.

Fontes: UOL; MST; Poder360; Neofeed

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