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Papa Francisco recebe o ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, no Vaticano

Por Brasil Sem Medo

“Foi uma conversa franca. Confirmamos amplas coincidências em questões urgentes da agenda internacional para a humanidade”, escreveu o ditador, no Twitter, após encontro com Francisco.

Nesta terça-feira (20), o Papa Francisco recebeu, no Vaticano, o ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez. A primeira audiência do Pontífice com Díaz-Canel aconteceu um dia antes do encontro de Lula com o Papa. A agenda do Papa com os membros do Foro de São Paulo ocorre poucos dias depois de Francisco ter recebido alta médica após ter sido submetido a uma cirurgia abdominal.

“Foi uma conversa franca. Confirmamos amplas coincidências em questões urgentes da agenda internacional para a humanidade”, escreveu o ditador, no Twitter, após encontro com Francisco.

Depois do encontro com o Papa, o ditador Díaz-Canel também se encontrou com o presidente italiano, Sergio Mattarella.

“Também tive uma proveitosa reunião com o presidente da república italiana, Sergio Mattarella. Destacamos o interesse comum em continuar fortalecendo o diálogo político de alto nível e desenvolvendo laços econômicos, comerciais e de investimento”, disse Díaz-Canel.

De acordo com a revista Crusoé, cubanos que moram na Itália se manifestaram contra a presença do ditador em Roma. Os cubanos pedem “liberdade, democracia e direitos humanos”.

Em nota, a chancelaria cubana disse que após a visita ao Vaticano, o ditador deve cumprir cronograma em “um programa oficial na República da Sérvia”.

De acordo com a impresa local, durante o encontro com o presidente italiano, Díaz-Canel também conversou com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, sobre “assuntos bilaterais e a mediação para a libertação de presos políticos”.

Em 27 de abril, os bispos cubanos tiveram um encontro com o ditador, onde supostamente apresentaram ao governo comunista “seus critérios e visão da realidade que o povo cubano está vivendo”.

“Concordamos em destacar com satisfação o desenvolvimento positivo das relações entre Cuba e a Santa Sé. Ratificamos a vontade de continuar fortalecendo-as”, disse o ditador apór a reunião com o cardeal.

1. Apelos do clero

Durante sua visita a Cuba para comemorar os 25 anos da viagem apostólica de são João Paulo II,  o cardeal Beniamino Stella disse a imprensa que o Papa Francisco deseja muito a libertação dos jovens detidos durante os protestos.

O cardeal foi em Havana, enviado pelo Papa, pedir a Díaz-Canel a libertação dos manifestantes presos nos históricos protestos de 11 de julho de 2021. Nestes protestos, milhares de cubanos foram às ruas aos gritos de “Liberdade” e “Temos fome”, deixando um morto, dezenas de feridos e cerca de 1.300 detidos, segundo a Organização Não Governamental (ONG) Cubalex.

A ONG afirmou que cerca de 773 pessoas que participaram destes e de outros protestos ainda estão atrás das grades. Pelo menos 490 foram condenadas, alguns a até 25 anos de prisão, segundo dados oficiais.

A Santa Igreja Católica desempenhou um papel importante em mediações com o governo comunista de Cuba. Em 2014, fez intermédio nas relações entre Cuba e Estados Unidos da América (EUA). Quatro anos antes, mediou a libertação dos 75 presos políticos da chamada primavera negra – série de prisões contra críticos do regime de Fidel Castro, em 2003. Muitos comparam o regime de Díaz-Canel ao de Fidel.

 

2. Cuba e o seu passado

Além da Itália, ele passará pela Sérvia e França, onde participará em Paris, como atual qualidade de presidente do Grupo dos 77 – de um “Novo Pacto Financeiro Global” promovido pelo presidente francês, Emmanuel Macron.

Díaz Canel já havia informado em suas redes sociais sobre sua visita à Sérvia. Escreveu no Twitter: “Certamente serão dias intensos nos quais trabalharemos para continuar promovendo e diversificando nossos laços em busca do desenvolvimento de Cuba“.

Em 2021, após cerca de 60 anos de ditadura comunista instaurada por Fidel Castro em Cuba, multidões de cubanos saíram às ruas de todo o país, exigindo a queda do regime. Díaz-Canel respondeu às manifestações com repressão violenta, agredindo e prendendo manifestantes.

Reprodução / Fidel Castro e Papa Francisco

Miguel Díaz-Canel Bermúdez foi reeleito presidente de Cuba em abril deste ano para aquele que será seu segundo e último mandato. Desde 2021 ele é primeiro-secretário do Partido Comunista. Seu predecessor, Raúl Castro, se encontrou com o Papa Francisco em três ocasiões: em 2015 no Vaticano e em Havana, capital de Cuba, em 2015, e também em 2016, onde teve um encontro com o bispo ortodoxo de Moscou e toda a Rússia, o patriarca kirill.

Fidel Castro, ditador e amigo de Lula, teve dois encontros com o Papa João Paulo II: em 1996 no Vaticano e 1998 em Havana. Ele também visitou o Papa Bento XVI em 2012 e se encontrou com o papa Francisco em 2015.

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