Em um editorial forte publicado nesta quarta-feira (22), o Estadão expressou profunda indignação em relação ao Partido dos Trabalhadores (PT), chegando a rotulá-lo como uma “seita.” No texto, o jornal destacou que os “petistas sempre hostilizaram a imprensa livre” e denunciou que a prometida defesa da democracia por parte do partido “não passava de patranha” e “farsa” com o intuito de vencer as eleições.

“A farsa na qual Lula da Silva precisava ser eleito para ‘recuperar a democracia neste país’ não perdurou por muito tempo. Bastou que a imprensa começasse a divulgar notícias desfavoráveis ao governo para que esses autointitulados defensores da democracia retornassem à sua verdadeira natureza: a vanguarda da truculência. Para a seita petista, vale tudo, até mentir e distorcer, para desmoralizar aqueles que têm a coragem de revelar os malfeitos do governo de Lula,” afirmou o veículo.

Na sequência, o jornal mostrou desagrado diante dos ataques da presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, que compartilhou uma publicação intitulada “Gravíssima denúncia feita ao MPT (Ministério Público do Trabalho) sobre a fabricação do ‘escândalo da dama do tráfico’ pelo Estadão para fazer parecer que (o ministro da Justiça) Flávio Dino é simpático ao crime organizado.”

O Estadão rebateu, destacando que nunca afirmou que Dino era simpático ao crime organizado, apresentando apenas fatos: Luciane Barbosa Farias, esposa de um dos líderes do Comando Vermelho no Amazonas, esteve no Ministério da Justiça para participar de duas reuniões.

“Esse é o padrão de atuação dos petistas. Para eles, nem é preciso que a informação seja verdadeira para que seja usada em favor de seus propósitos autoritários (…) O jornal fez apenas o seu trabalho: trouxe fatos relevantes ao conhecimento do leitor. O Ministério da Justiça, no mesmo dia da publicação da reportagem, elaborou uma portaria alterando as regras de acesso ao prédio. No entanto, o PT não gosta de jornalismo independente. Diante da natural repercussão do caso, o partido de Lula passou a atacar o jornal, como se a reportagem sobre as reuniões no Ministério da Justiça fosse fake news,” enfatizou o Estadão.

O veículo prosseguiu, salientando que este episódio serve para lembrar que “por trás da fachada de defensores, os petistas são e sempre foram raivosos inimigos da imprensa livre.” Desde os tempos da era petista no poder, jornalistas são ameaçados de agressão por militantes do partido. “Há toda uma rede de veículos de comunicação a serviço do lulopetismo que se dedicam a destruir a reputação de jornalistas e de veículos independentes.”

O jornal concluiu afirmando que os petistas estão desperdiçando seu tempo e energia e que o Estadão continuará fiscalizando este ou qualquer outro governo. “A função da imprensa responsável é livre e é revelar aos cidadãos o que os poderosos querem esconder.”