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62,5% da população mundial vive em países que desrespeitam a liberdade religiosa
Por Brasil Paralelo
- Publicado em 06/12/2023
- 14:16
Quase 5 bilhões de pessoas vivem em países onde a liberdade religiosa é violada. É o que aponta o 16º Relatório da Liberdade Religiosa no Mundo, da fundação Ajuda à Igreja que Sofre. O relatório é produzido a cada dois anos.
Desses 5 bilhões, cerca de 4,03 estão em países que perseguem violentamente a população por questões religiosas.
“No contexto de um clima global tenso, afectado pelas consequências da pandemia de COVID-19, pelas consequências da guerra na Ucrânia, pelas preocupações militares e económicas em torno do Mar do Sul da China e pelo rápido aumento do custo de vida a nível mundial, a liberdade religiosa foi violada em países onde vivem mais de 4,9 mil milhões de pessoas. Consideramos 61 países onde os cidadãos enfrentaram graves violações da liberdade religiosa” afirma a introdução do relatório.
Os países são classificados em:
- categoria vermelha: aponta a existência da perseguição;
- categoria laranja: aponta a existência de discrimnação por religião;
categoria “em observação”: inclui países onde foram observados fatores de preocupação emergentes que têm o potencial de causar uma ruptura fundamental na liberdade religiosa.
Na categoria Vermelha, estão 28 países que contém cerca de 4,03 bilhões de pessoas, o que representa 51,6% da população mundial.
Destes 28 países, 13 situam-se em África, onde em muitas regiões a situação se deteriorou fortemente, aponta o relatório.
Na categoria Laranja, estão 33 países, onde vivem quase 853 milhões de pessoas. A situação piorou em 13 deles.
Independentemente da classificação, em todos os países podem ocorrer crimes de ódio ou práticas de violência religiosa.
Os demais países, aponta o relatório, não foram classificados, mas isso não significa necessariamente que esteja tudo bem em termos de liberdade religiosa.
O relatório aponta que a perseguição se tornou mais intensa, concentrada e a impunidade aumentou
A perseguição envolve violações extremas do artigo 18.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem das Nações Unidas, que garante o direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião.
As violações à liberdade religiosa:
- dos 196 países do mundo, 61 violam a liberdade religiosa (31,1%);
- em 28 países (14%), grupos religiosos sofrem perseguição;
- em 33 países (17%), há discriminação religiosa;
- 62,5% da população mundial, 4,9 bilhões de pessoas, vivem em países com violações graves ou muito graves da liberdade religiosa.
Segundo o relatório, desde 2021:
- em 34 países locais de culto ou propriedades religiosas foram atacadas ou danificadas;
- em 36 países os agressores raramente ou nunca são punidos pelo sistema judicial;
- em 40 países pessoas foram mortas ou raptadas por causa de sua fé;
- em 47 dos países analisados, a situação da liberdade religiosa piorou. Apenas em 9 países a situação melhorou.
Os principais agressores são:
- em 4 países 1o nacionalismo étnico-religioso;
- em 21 países é o extremismo islâmico;
- em 49 países é o governo autoritário.
Confira um resumo dos principais casos analisados pelo relatório:
- a nível mundial, a consolidação do poder nas mãos de autocratas e de grupos fundamentalistas conduziu a um aumento das violações de todos os direitos humanos;
- o número de países em que há casos de perseguição “educada” e perseguição sangrenta aumentou;
- comunidades religiosas que são maioritárias em determinados países enfrentam também perseguição;
- a comunidade internacional tem sido omissa às atrocidades cometidas por países estratégicos da geopolítica, como China, Índia, Nigéria e Paquistão;
- a ascensão de califados oportunistas na África;
- tendências divergentes dentro do mundo islâmico tem exposto cada vez mais jovens aos grupos terroristas;
- aumento da perseguição de muçulmanos pelos próprios muçulmanos;
- as agressões contra a comunidade judaica no ocidente aumentaram após os confinamentos relacionados à COVID-19;
- os raptos, a violência sexual, incluindo a escravatura sexual e a conversão religiosa forçada, continuaram a verificar-se e permaneceram em grande parte impunes, principalmente na África Ocidental e no Paquistão;
- em alguns países os governos inflacionam o número de fiéis como forma de manter o poder político;
- o aumento do controle e da vigilância em massa tem impactado nos grupos religiosos;
- no Ocidente, a “cultura do cancelamento”, incluindo a “linguagem forçada”, evoluiu do assédio (verbal) de indivíduos que, por razões religiosas, têm opiniões diferentes, para incluir ameaças legais e perda de oportunidades de emprego;
- na Índia e no Paquistão, foram inseridos conteúdos depreciativos sobre as religiões minoritárias nos manuais escolares;
- proliferação de legislações que impedem a conversão religiosa das pessoas, bem como iniciativas que oferecem benefícios financeiros aos que aderem à religião oficial;
- aumento dos ataques a líderes religiosos e outros colaboradores da Igreja por grupos criminosos organizados;
- as celebrações religiosas tiveram participação recorde após o confinamento da COVID-19;
- as iniciativas de diálogo inter-religioso aumentaram.
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