Na última sessão da Câmara Municipal, o líder do prefeito, vereador Reginaldo Santos (PSB), adotou a estratégia de dividir os projetos que propõem a criação de novos cargos em várias secretarias municipais.

Entre os seis projetos em discussão, ele escolheu apenas o que trata do aumento da gratificação dos coordenadores escolares, elevando-a de R$ 1.554,12 para R$ 2.102,94. Contudo, pela quarta vez consecutiva, o projeto foi retirado da pauta.

Assim como na reunião anterior, coordenadores compareceram à sessão para pressionar os vereadores, que têm se mostrado majoritariamente contrários aos projetos controversos do prefeito Zé Carlos do Pátio. No entanto, saíram frustrados mais uma vez, sem ver o projeto aprovado.

Os vereadores da oposição interpretaram a estratégia de “fatiar os projetos” como uma manobra para dividir as opiniões e desviar o foco dos coordenadores presentes.

Em resposta, os parlamentares apresentaram uma emenda, assinada por 14 deles, propondo um aumento maior na gratificação dos coordenadores, em linha com a suposta intenção do prefeito em valorizá-los.

“O prefeito diz que quer valorizar os coordenadores, então propusemos uma emenda para aumentar de fato essa gratificação”, explicou o vereador Roni Magnani (PSB).

“É uma pegadinha o que ele (Pátio) quer fazer. Sobe esta gratificação em pouco mais de R$ 500 e, no final, fica bem menos que isso, pois se aumenta o desconto do Imposto de Renda. Então, já que está dizendo que tem recurso para isso com a criação de cargos, propomos esta emenda para aumentar a gratificação para pouco mais de R$ 2.900”, completou Roni Cardoso (UB).

Diante da apresentação da emenda pelos 14 vereadores, e após intensos debates no plenário, o vereador Reginaldo optou por retirar o projeto da pauta.

“Estas propostas chegaram para ser votadas no início do mês. Retirei outras vezes, pois os vereadores disseram que derrubariam os projetos. Nunca foi apresentado emenda. Agora, querem colocar emenda neste aqui. Então, tiramos da pauta. Não vamos jogar galera”, avisou Reginaldo.

O vereador Dr. Jonas Rodrigues (MDB) criticou a decisão de seu colega, lembrando que as mensagens do Executivo foram enviadas à Casa no início do mês com pedido de urgência.

“Infelizmente, o que está colocado aqui é uma novela que vem se arrastando há quase quatro semanas. Se foi tirado de pauta não é urgente assim como a administração diz”, citou.

As informações são do Jornal A Tribuna