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Aprosoja-MT reage e critica adiamento do plano safra 2024/25

Por RGT News

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) vê com maus olhos o anúncio do governo federal em adiar o anúncio do Plano Safra 2024/25. O anúncio do programa estava previsto para ser realizado nesta quarta-feira (26), mas foi adiado pelo governo federal para a próxima semana, provavelmente na quarta-feira, dia 3.

Para o presidente da entidade, Lucas Costa Beber, o adiamento “mostra desorganização e incompetência do atual governo para gerenciar as políticas agrícolas do nosso país, colocando em risco o Produto Interno Bruto (PIB) e a economia, além de prejudicar os produtores e o planejamento para a próxima safra”.

Lucas Costa Beber lembra ainda que os produtores precisam acessar o crédito para iniciar o plantio da safra de soja, que é a principal cultura agrícola do Brasil. Com o adiamento feito pelo governo, os agricultores correm o risco de contrair crédito fora dos recursos subvencionados, pagando juros mais altos.



Lucas alerta que a decisão pode atrasar o planejamento da safra e, como consequência, ocasionar atraso na entrega dos produtos e do plantio, trazendo prejuízos ainda maiores para os produtores e para a economia.

O presidente da entidade pontua também que o Plano Safra faz parte da Política Agrícola Nacional, como prevê a legislação brasileira.
De acordo com o Ministério da Agricultura, os produtores mato-grossenses podem iniciar o plantio da soja a partir do dia 6 de setembro.

“Esse atraso no plano safra mostra mais uma vez a falta de comprometimento do governo, dos ministérios, todos que fazem parte na organização e elaboração do Plano Safra brasileiro, sendo que a agricultura tem sido responsável pelo superávit na balança primária e também pela elevação do PIB no Brasil”, conclui.

OBJETIVO

O principal objetivo do Plano Safra é garantir o financiamento necessário para que os produtores possam investir em tecnologias, insumos, e infraestrutura, aumentando a produtividade e a competitividade da agricultura brasileira.

A parte subsidiada do Plano Safra é constituída pelos recursos disponibilizados diretamente pelo governo. Esse subsídio pode ser concedido de várias maneiras, como na equalização de juros, onde o governo cobre parte dos custos dos juros dos empréstimos concedidos aos agricultores, diminuindo assim a taxa de juro que eles precisam pagar.

O volume de recursos do novo Plano Safra deve superar R$ 510 bilhões, um valor maior do que os R$ 435,8 bilhões do último Plano Safra. O valor decepcionou as entidades do setor, que esperavam recursos na faixa de R$ 570 bilhões.

Em nota oficial, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também lamentou profundamente o adiamento do Plano Safra 2024/25. Segundo a entidade, é uma total demonstração de desorganização e ineficiência do Governo Federal.

“Importante ressaltar que os produtores rurais ficarão descobertos durante a primeira semana de vigência do plano, ou seja, todos os problemas que estiverem na proposta inicial ainda precisarão ser corrigidos, o que leva mais tempo ainda para a chegada do crédito real aos produtores”, afirmou a entidade.

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