O jornal americano The Wall Street Journalinformou neste domingo (11) os Estados Unidos estão buscando “uma maneira improvável de pressionar” o ditador venezuelano Nicolás Maduro e seus aliados próximos a deixarem o poder na Venezuela em troca de anistia. Ao veículo, fontes da Casa Branca alegaram que os EUA estariam colocando “tudo na mesa” para que Maduro e outros líderes chavistas saiam do país e sejam perdoados pelo governo Biden, visto que enfrentam indiciamentos no Departamento de Justiça americano.

A negociação ocorre no contexto das eleições venezuelanas, nas quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país declarou vitória para Maduro com 51,2% dos votos, contra 44,2% para seu opositor, Edmundo González. Logo após o pleito, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, expressou “sérias preocupações” sobre o resultado do CNE. “É fundamental que todos os votos sejam contados de forma justa e transparente, que as autoridades eleitorais partilhem imediatamente informações com a oposição e observadores independentes (…). A comunidade internacional está observando isso de perto e responderá de acordo”.

De acordo com o jornal americano, fontes próximas a Maduro informaram que os EUA já haviam feito uma oferta de anistia em 2023, “durante negociações secretas em Doha”, a capital do Catar. O jornal também afirma que uma pessoa próxima ao regime garantiu que a posição de Maduro permanece intacta, ou seja, ele não se afastará da ditadura chavista. Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (09), Maduro advertiu para que “não mexam os assuntos internos da Venezuela, é tudo que peço”.