O ministro das Finanças do Nepal, Bishnu Prasad Paudel, acabou perseguido e brutalmente agredido por manifestantes durante protestos que explodiram em todo o país. A crise se intensificou depois que o governo aprovou uma lei que impôs rígida regulamentação sobre redes sociais. Como plataformas como a Meta e o X se recusaram a cumprir as exigências, os serviços foram bloqueados, provocando revolta popular.

A repressão policial aumentou ainda mais o clima de tensão. Pelo menos 19 pessoas morreram, mais de 100 ficaram feridas e prédios públicos, incluindo o parlamento e a residência oficial do primeiro-ministro, pegaram fogo durante os confrontos. Sob forte pressão, o premiê anunciou sua renúncia.

O cenário se agravou com a morte trágica de Rajyalaxmi Chitrakar, esposa do ex-primeiro-ministro Sher Bahadur Deuba, que não resistiu após sua casa ser incendiada por manifestantes. O bloqueio das redes foi apenas o estopim: denúncias de corrupção, desgaste político e a insatisfação com a elite governante já vinham se acumulando há meses.

O Nepal enfrenta um de seus períodos mais turbulentos das últimas décadas, marcado por perseguições a autoridades, ataques a propriedades públicas e privadas e violentos confrontos nas ruas. Até mesmo tentativas de mediação internacional foram ofuscadas pela escalada da violência que expõe a fragilidade política do país.

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