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PF compartilha provas contra Dona Neuma e Roni Magnani por compra de votos
Por Folhamax
- Publicado em 21/11/2022
- 10:47
O juiz da 51ª Zona Eleitoral de Cuiabá, Francisco Alexandre Ferreira Mendes Neto, autorizou o compartilhamento de provas obtidas pela Polícia Federal (PF), contra a candidata a deputada federal Neuma de Morais (PSB), suspeita de compra de votos nas eleições de 2022. Ela é esposa do prefeito de Rondonópolis (216 KM de Cuiabá), Zé do Pátio (PSB).
A decisão do juiz é da última quarta-feira (16). Francisco Alexandre Ferreira Mendes Neto revelou que a Procuradoria Regional Eleitoral deverá utilizar as provas para ingressar com uma ação civil pública contra “Dona Neuma”. O candidato a deputado estadual em 2022, Roniclei Magnani (PSB), também é alvo das investigações. Ele é vereador e presidente da Câmara Municipal de Rondonópolis.
“Tendo em vista a relevância dos fatos sob escrutínio, que, caso confirmados reclamam a devida reprimenda nas searas próprias, presentes os requisitos comumente indicados pela doutrina especializada, quais sejam, identidade de partes e de fatos, por razões de necessidade, racionalização e eficiência da prestação jurisdicional, sendo consabido, ademais, que as provas angariadas nos autos só podem vir a lume, ordinariamente, por intermédio de procedimento criminal, não há suporte para a sua negativa”, explicou o magistrado.
No último dia 4 de novembro, a Polícia Federal (PF) cumpriu seis mandados de busca e apreensão, nas cidades de Cuiabá e Rondonópolis, contra seis investigados de corrupção eleitoral em outubro deste ano. As investigações tiveram início após a prisão em flagrante de Odenir Nunes de Oliveira, que se apresentava como “assessor e intermediário político” de duas candidaturas. Uma delas é a ex-candidata a deputada federal e primeira-dama de Rondonópolis, Dona Neuma. O outro é o candidato a deputado estadual, Roniclei Magnani.
Na ocasião da prisão em flagrante, foram apreendidos em poder do investigado R$ 11,3 mil, material de campanha dos dois candidatos, lista de eleitores supostamente cooptados, dentre outros elementos probatórios. No decorrer das investigações, a Polícia Federal constatou que o preso era intermediário dos candidatos e oferecia dinheiro pelo apoio político às lideranças partidárias nos bairros.
O prefeito de Rondonópolis, Zé do Pátio, não foi alvo da operação, mas sua residência foi alvo de busca e apreensão relacionadas à esposa. Na disputa, Dona Neuma obteve 44.931 votos, mas saiu derrotada na busca por uma das oito cadeiras a que Mato Grosso tem direito na Câmara Federal. A sede do partido no Município também teria sido alvo de busca e apreensão.
O presidente da Câmara Municipal de Rondonópolis, Roni Magnani (PSB), é o segundo alvo da operação deflagrada na manhã desta sexta-feira (4), pela Polícia Federal, que investiga a prática de corrupção eleitoral ocorrida nas eleições de outubro deste ano. O parlamentar foi candidato a deputado estadual, sendo o segundo mais votado no município, com 20.928, garantindo a primeira suplência no Legislativo Estadual, pelo PSB.
Além dele, também é alvo da operação, a primeira-dama da cidade, Neuma Morais (PSB), a Dona Neuma. Os dois eram apoiados pelo prefeito de Rondonópolis José Carlos do Pátio (PSB), e são acusados de atuarem juntos no esquema de compra de votos. Nas urnas, Dona Neuma conseguiu alcançar 44.931 votos válidos.
Por meio de nota, a assessoria da primeira-dama afirmou que estranhou o fato de ela não ter sido convocada antes da operação para prestar esclarecimentos a Justiça e, se mostrou surpresa coma a ação. “A então candidata se mantêm serena e no aguardo, se for o caso, de responder aos questionamentos da Justiça Eleitoral”, diz trecho do comunicado.
As investigações tiveram início após a prisão em flagrante de um dos investigados, identificado como Odenir Nunes de Oliveira, o qual se dizia assessor e intermediário dos candidatos. Na ocasião da prisão em flagrante, foram apreendidos em poder do investigado R$ 11,3 mil, material de campanha dos dois candidatos, lista de eleitores supostamente cooptados, dentre outros elementos probatórios.
No decorrer das investigações, a Polícia Federal constatou que Odenir era intermediário dos candidatos e oferecia dinheiro pelo apoio político lideranças partidárias nos bairros. Ainda apurou que era responsável de pagar pelo voto dos eleitores que eram cooptados.
Na operação foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, inclusive, na residência de Dona Neuma e do marido, o prefeito José Carlos do Pátio, que não alvo da PF. Lideranças de bairro investigadas pela PF também sofreram buscas e apreensões.
ÍNTEGRA DA NOTA:
Diante da operação da Justiça Eleitoral em sua casa na manhã desta sexta-feira (04) a assessoria da então candidata Neuma de Moraes, esclarece:
Trata-se de uma investigação sobre o processo eleitoral, do primeiro turno das eleições proporcionais de 2022, relacionada a apreensão de material de campanha da então candidata.
Esclarecida a situação, Neuma apenas estranha não ter sido convocada a prestar esclarecimentos a justiça antes, e se mostrou surpresa com o fato. A então candidata se mantêm serena e no aguardo, se for o caso, de responder aos questionamentos da Justiça Eleitoral.
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