Um empresário suspeito de abusar sexualmente da sobrinha de sua ex-companheira teve o mandado de prisão preventiva cumprido pela Polícia Civil, na quarta-feira (22.06), em mais uma investigação da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica). O suspeito é conhecido por ser chamado pelo ex-presidente Lula de `aloprado´.
A prisão faz parte da Operação Acalento que tem o objetivo de combater crimes de violência contra crianças e adolescentes nos 26 Estados e no Distrito Federal.
As investigações que levaram a prisão do empresário iniciaram após a tia da vítima procurar a Deddica, relatando o comportamento do ex-marido em relação a sobrinha, de 12 anos. Segundo informações, o abuso ocorreu no dia 31 de maio, quando o suspeito autorizado pelo pai da menor, buscou a vítima na escola e levou até a sua residência onde ocorreu o abuso.
Nas oitivas, foi apontado outros momentos em que a família percebeu que o suspeito aliciava a menor e criava momentos para ficar próximo à menina. O suspeito também teria estreitado amizade com o pai da vítima para sair e manter maior contato com ela.
Durante as investigações, também foi apontado outra situação em que o suspeito teria abusado de uma adolescente, de 16 anos, contratada como babá do seu filho na época em que ainda era casado.
Diante dos levantamentos, o delegado Clayton Queiroz Moura representou pelo mandado de prisão preventiva do suspeito, que foi deferido pela Justiça. Com a ordem judicial em mãos, os policiais da Deddica deram cumprimento a prisão, na quarta-feira (22), na empresa do suspeito em Cuiabá.
Após as providências de cumprimento do mandado, o suspeito foi encaminhado para audiência de custódia, ficando à disposição da Justiça.
ALOPRADOS DO PT
Valdebran Padilha ficou nacionalmente conhecido após ser flagrado no ano de 2006 com R$ 1,7 milhão. O dinheiro seria utilizado para a “compra” de um dossiê contra políticos do PSDB, época em que ocorria a campanha de reeleição do ex-presidente Lula (PT).
A prisão de Padilha em 2006 ocorreu num hotel em São Paulo, local onde o valor seria entregue ao também empresário Luiz Antônio Vedoin, “líder” da chamada “Máfia das Ambulâncias”.
A Polícia Federal apontou que os recursos tinham origem no próprio Partido dos Trabalhadores. Na época, o ex-presidente Lula chamou de “Aloprados” os petistas envolvidos no crime.
