A Polícia Civil prendeu na manhã desta segunda-feira (23) o homem que matou e enterrou Maria Selma Rocha dos Santos, de 51 anos, no quintal de uma casa no Residencial Mathias Neves, em Rondonópolis. O criminoso estava escondido em um bananal na região da Mata Grande e, durante a prisão, os investigadores encontraram o celular da vítima e o dele, escondidos embaixo de uma geladeira.

Conforme relatos preliminares, o assassino, que tem 14 passagens criminais, deu uma versão completamente confusa e cheia de contradições. Segundo ele, a vítima teria tirado a roupa para lhe “dar”, mas o motivo exato ainda está sendo apurado. Ele nega que estivesse tendo um caso com a vítima e afirma que ela queria manter relação sexual com ele. A situação teria saído do controle quando, durante a conversa, ela mencionou a ex-esposa dele. O criminoso diz que não gostou e acabou atacando Maria Selma.

A brutalidade do crime é revoltante. O assassino contou que desferiu um soco na vítima e amarrou um elástico — desses usados para prender objetos em motos — no pescoço dela para impedir que gritasse. Em seguida, utilizou um pedaço de ferro para espancar a mulher até a morte. A cabeça e o rosto da vítima ficaram completamente desfigurados.

Logo após cometer o crime, o assassino gravou um vídeo do corpo de Maria Selma e enviou para sua ex-esposa, na tentativa de envolvê-la na ocultação do cadáver. A mulher, no entanto, se recusou a ajudar e procurou a polícia, temendo também ser uma próxima vítima. Segundo apurado, o criminoso estava enfurecido porque a ex está grávida dele, mas atualmente vive com outro homem — fato que também o levou a ameaçar matar o atual companheiro dela.

Ele chegou a mentir aos policiais dizendo que havia jogado os celulares no rio, mas durante buscas no local da prisão, os investigadores encontraram os dois aparelhos escondidos embaixo de uma geladeira no próprio bananal onde ele se escondia.

Agora a Polícia Civil aguarda o laudo da Perícia Oficial (Politec) para saber se houve ou não violência sexual contra a vítima antes do assassinato.

O caso segue em investigação pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Rondonópolis.