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Família clama por justiça após jovem morrer esmagado em acidente causado por transporte irregular em Rondonópolis

Por RGT News

A tragédia que ceifou a vida de Davi de Araújo, de apenas 26 anos, em 16 de fevereiro de 2025, na BR-364, em Rondonópolis (MT), continua a gerar comoção e um forte clamor por justiça por parte de sua família. O acidente, inicialmente atribuído ao transporte irregular de carga pela empresa Mafro Transportes, segue sob investigação das autoridades competentes.

O acidente e as primeiras investigações

De acordo com registros da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (POLITEC), o sinistro teve início quando um caminhão da Mafro Transportes, transportando um veículo com altura de 5,50 metros, ultrapassou o limite legal de 4,40 metros. O caminhão não possuía autorização de transporte.

Durante o trajeto, ao tentar passar sob um viaduto, a carga colidiu com a estrutura, provocando o desabamento parcial de uma viga e desencadeando um engavetamento que envolveu seis veículos. O motorista relatou no Boletim de Ocorrência que recebeu ordem da empresa para seguir viagem, mesmo ciente da irregularidade da carga.

O laudo da perícia criminal confirmou que o impacto inicial, causado pela altura irregular da carga, foi o fator determinante para a sequência trágica que se seguiu, resultando no bloqueio da BR-364.

Logo depois, um segundo caminhão, pertencente à empresa Vanusa P. da Silva Transportes, não conseguiu frear a tempo e atingiu a motocicleta conduzida por Davi, arrastando-a por aproximadamente 300 metros. O impacto foi fatal, resultando na morte instantânea do jovem, que retornava para casa naquele momento.

A dor da família e o clamor por justiça

Desde o trágico dia, a família de Davi de Araújo afirma não ter recebido qualquer tipo de assistência das empresas envolvidas. O irmão da vítima, Christian Araújo, também caminhoneiro, conta que o trauma foi devastador e que até hoje luta para se reerguer.

“Éramos só nós dois. Perdemos nossa mãe em 2009, não conhecemos nosso pai e, desde então, o Davi passou a ser como um filho para mim. Eu o criei, cuidei dele, vivi por ele. Depois do acidente, minha vida parou. Foram três meses sem conseguir trabalhar, sem dormir, sem entender como tudo isso pôde acontecer. Perdi meu irmão… perdi a pessoa que eu mais amava neste mundo. E até hoje, 8 meses após o acidente, nenhuma das empresas sequer nos procurou. Tenho convicção de que a responsável por toda essa tragédia é a Mafro, que realizava o transporte de uma carga com altura acima do permitido, o que deu origem a tudo. O caminhão sequer conseguiu passar pelo segundo viaduto. Se não houvesse esse transporte irregular, o acidente jamais teria acontecido. Tudo o que queremos agora é justiça. Que o nome do Davi não seja esquecido, e que os culpados respondam pelo que fizeram”, desabafou Christian Araújo, irmão da vítima.

Para a família, não se trata apenas de uma tragédia, mas de um crime que poderia ter sido evitado com responsabilidade e respeito às normas de segurança. O objetivo agora é garantir que a morte de Davi não se torne apenas mais um número nas estatísticas de descaso no trânsito.

O posicionamento da Mafro Transportes

Em nota enviada à reportagem, a Mafro Transportes, que atua há mais de 18 anos no segmento de transporte rodoviário de cargas, informou que vem colaborando integralmente com todas as autoridades competentes, prestando informações e documentos sempre que solicitada no curso da investigação conduzida pela Polícia Civil e demais órgãos oficiais.

A empresa destacou que suas operações seguem rigoroso cumprimento das normas legais e de segurança do transporte rodoviário, e relatou que, conforme o inquérito, a causa da morte foi atribuída à conduta culposa de Roberto de Souza Dias, motorista do veículo Volvo/FH 540 6x4T, “que não pertence à Mafro Transportes”, em decorrência de velocidade incompatível com a via.

“Em razão destes fatos, resta demonstrada a ausência de culpa da Mafro Transportes no falecimento de Davi Daniel de Araújo”, conclui a nota.

A busca por respostas

Apesar do posicionamento da empresa, a família de Davi segue sem respostas concretas ou qualquer tipo de amparo. Para o seu irmão, o caso evidencia falhas graves na fiscalização e reforça a necessidade de responsabilização efetiva de empresas que descumprem regras básicas de segurança nas rodovias brasileiras.

A dor e o sentimento de impunidade permanecem, enquanto a família luta para que o nome de Davi de Araújo não seja esquecido e para que o caso sirva de exemplo na busca por mais responsabilidade e justiça no trânsito.


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