A Cooperativa de Trabalho e Serviço de Rondonópolis (Coomser) tem se mostrado, a cada ano, como uma alternativa de prestação de serviços ao poder público, seja para os trabalhadores ou para o agente contratador. Com 29 anos de fundação, a cooperativa é considerada um sucesso e sinaliza que a aposta nesse modelo também pode ser altamente positiva para os trabalhadores da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder), que caminha para sua liquidação.

O exemplo da Coomser vem à tona nesse momento em função da proposta do poder público municipal de que os trabalhadores da Coder possam também seguir o rumo do cooperativismo e prestar serviços à municipalidade, com o fim do CNPJ da companhia diante da sua situação de inviabilidade. Nesse processo, o prefeito Cláudio Ferreira e grande parte da Câmara Municipal já externaram que vão prestar total apoio aos trabalhadores da Coder na criação e viabilização dessa nova cooperativa.

Diante desse cenário, a reportagem buscou verificar como a Coomser vem sendo vista por quem faz parte da estrutura. Criada em 1996 por ex-funcionários da extinta Companhia de Saneamento de Mato Grosso (Sanemat), hoje abarca quase 500 cooperados. A cooperativa realiza operações no setor de água e esgoto para o Serviço de Saneamento de Rondonópolis (Sanear), envolvendo serviços como reparos, ligações, substituição, desobstrução, limpeza e monitoramento de elevatórias, emissários e tubulações.

O trabalhador Paulo Divino é um dos cooperados da Coomser e diz estar satisfeito com a cooperativa. “Com o fim da Sanemat, nós estávamos todos a ver navio, desempregados. Foi montada a cooperativa e começamos a administrar nossos próprios recursos. Recebemos nossos pagamentos pela Coomser. Vale frisar que, desde 1997 até hoje, nunca atrasou um dia de salário. Isso é muito bom para a cooperativa e para os trabalhadores. Temos todos os benefícios que uma empresa tem”, garante.

O cooperado Rodolfo Leite também lembra do bom negócio feito com a Coomser. “Já tem quase 30 anos que a gente vem trabalhando pela Coomser. A Sanemat estava com problemas financeiros e não tinha como tocar o sistema. Eu pessoalmente achei melhor a Coomser ter pego esse serviço”, avalia.

“Nós começamos com um grupo pequeno, mas um grupo que tinha força total para desempenhar um serviço de qualidade, com eficiência e eficaz. Estamos aqui até hoje”, completou Herotsan Puerro, também cooperada.

Já o presidente da Coomser, Mário Sérgio, avaliou que se trata de um modelo de cooperativa que deu certo e hoje está expandindo sua atuação para outros municípios, em função da qualidade dos serviços prestados e da atratividade para os envolvidos. “Cooperativa é a gente entender o coletivo, entender que o coletivo é maior que o individual!”, ensina.

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