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Fuga de faccionados teve churrasco com aliados e policiais penais; vídeos revelam esquema vergonhoso em MT

Por RGT News

Os dois criminosos que fugiram do Centro de Reabilitação Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, e o policial penal L.M.S.S., alvos da Operação Shadow deflagrada pela Polícia Civil, na segunda-feira (14.4), se reuniram em uma churrascaria da capital, momentos antes de concretizar a fuga. Duas mulheres, que também participaram do almoço, integram o grupo criminoso investigado e deram apoio ao esquema para a fuga dos presos. 

A investigação, conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e Gerência Estadual de Polinter (Gepol), desvendou o plano de fuga que contou com apoio de dois policiais penais que atuavam na penitenciária e também de pessoas externas à unidade prisional.  

A execução do plano arquitetado pelo grupo para fuga dos criminosos consta na documentação reunida no inquérito policial que embasou a operação. A investigação desvendou o esquema envolvendo assinaturas para saídas ilegais, trocas de veículos, demora intencional e omissão de informações na comunicação da fuga às autoridades. 

Saída do presídio e troca de veículos

Nas investigações, a Polícia Civil apurou que no dia da fuga ocorreu uma movimentação atípica dentro da penitenciária, quando o reeducando T.A.F.O e o policial penal A.E.J., diretor da unidade à época, se encontraram em uma sala não monitorada, onde possivelmente foi realizado o acordo e assinatura do termo de saída dos dois detentos da unidade prisional. 

Devido à sua alta periculosidade, o líder da facção G.R.S., conhecido como “Vovozona” não deveria ter permissão para sair da unidade prisional, porém, após a autorização assinada, o criminoso se escondeu atrás de uma parede onde ficam os presos que trabalham extramuro, até o momento em que entrou na caminhonete F-250 acautelada do Sistema Penitenciário.

A caminhonete, conduzida pelo policial penal L.M.SS, que saiu com os dois detentos do presídio, apresentava problemas mecânicos no dia dos fatos. Foi decidido durante o trajeto que o trio trocaria de veículo, buscando uma caminhonete Toyota Hilux pertencente ao criminoso G.R.S., com o fim de dar continuidade ao plano.

A troca de veículos seria para que policial penal deixasse a caminhonete do Sistema Penitenciário na oficina e ainda tivesse um veículo para realizar os trabalhos da unidade prisional, no período da tarde, a fim de despistar a fuga. 

Os criminosos buscaram a caminhonete Hilux na residência do faccionado, em um prédio nas proximidades do Shopping Goiabeiras. Naquela ocasião, os dois reeducandos seguiram sozinhos no veículo. Em seguida, foram até a oficina, onde encontraram novamente com o policial penal e seguiram para uma churrascaria na Avenida Miguel Sutil, na Capital. 

Almoço na churrascaria

Após a chegada dos presos na churrascaria, duas mulheres também compareceram ao local, em uma caminhonete Mistsubishi Pajero, e almoçaram com o trio. Uma delas pagou integralmente a conta. 

Depois do almoço, o líder da facção criminosa deixou o estabelecimento com as duas mulheres na caminhonete Mitsubishi. O policial penal e o outro reeducando deixaram juntos a churrascaria, porém, em seguida à saída do estacionamento, o detento desceu do veículo e se juntou ao trio que estava na Pajero, concretizando, neste momento, a fuga. 

Comunicação às autoridades

Durante a tarde da data da fuga, o policial penal realizou sozinho os serviços de busca de mercadorias para o presídio e posteriormente retornou à oficina mecânica, onde transferiu as compras da caminhonete Hilux do criminoso para a F-250.

Somente após todos os afazeres da tarde, o policial penal comunicou o diretor sobre a suposta fuga, em uma conversa em local isolado, que demorou aproximadamente 40 minutos. 

Após o lapso temporal, os dois investigados registraram boletins de ocorrência distintos, com intuito de eximir-se das responsabilidades, contudo, com várias omissões e inconsistências de informações, como a indicação do local da fuga – a churrascaria. 

A investigação deixou clara que a atuação dos agentes públicos, se fosse feito o fiel registro dos fatos, permitiria o acionamento das forças de segurança para recaptura dos foragidos, assim como a abordagem das mulheres que auxiliaram na fuga. Entretanto, o fato não era de interesse dos servidores. 

Operação Shadow

A operação foi deflagrada na manhã de segunda-feira (14.4) para cumprimento de 35 ordens judiciais contra um grupo criminoso envolvido na fuga do líder de uma facção e de outro detento,  do Centro de Ressocialização Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, ocorrida em 2023.

As investigações identificaram um plano estratégico que contou com apoio de agentes públicos para a fuga dos criminosos. 

Os alvos, entre eles dois policiais penais, são investigados pelos crimes de facilitação de fuga de pessoa legalmente presa e integração de organização criminosa.

Vídeo que mostra esquema de saída dos presos do Centro de Ressocialização Industrial Ahmenon Lemos Dantas

Vídeo que mostra faccionado buscando caminhonete Hilux em sua casa (prédio ao próximo ao shopping Goiabeiras) e almoço de investigados em churrascaria da Capital

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