A morte brutal de um jovem de 22 anos ganhou novos desdobramentos após a DHPP desencadear a Operação Maná em Rondonópolis. O rapaz cobrou a pensão do ex-companheiro da sua parceira, e essa cobrança desencadeou uma sequência de violência que terminou em tortura, sequestro e execução com extrema crueldade.

No fim da tarde de 23 de setembro, o jovem estava na residência com o irmão de 17 anos quando um grupo armado invadiu o local. Os criminosos obrigaram os dois a entrar em um veículo e seguiram para uma área de mata. No cativeiro montado com lona, os faccionados iniciaram agressões físicas e psicológicas contra as vítimas por várias horas.

Depois do período no barraco, o grupo retirou o jovem do cativeiro e o levou para outro ponto da região. Lá, os criminosos executaram o rapaz com golpes de faca e disparos de arma de fogo. O corpo apareceu no dia seguinte nas proximidades do Anel Viário. O irmão permaneceu no cativeiro por cerca de sete horas até ser libertado.

A DHPP identificou três envolvidos no crime. Um deles acionou a facção após receber a cobrança da pensão. Outro utilizava tornozeleira eletrônica e já respondia por tentativa de homicídio, tráfico e disparo de arma de fogo. O terceiro atuou diretamente no sequestro, nas agressões e na execução.

A Polícia Judiciária Civil representou pelas prisões preventivas e pelos mandados de busca, e a Justiça acatou os pedidos. Na manhã desta terça-feira (18/11), equipes cumpriram duas prisões e três buscas. Um dos alvos ainda não apareceu e segue no radar da polícia.

Os investigados enfrentam indiciamento por homicídio triplamente qualificado, tortura, cárcere privado e participação em organização criminosa. A DHPP conclui o inquérito nos próximos dias.

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