O “médium” Luiz Antonio Rodrigues Silva, de 49 anos, enfrenta uma batalha legal após ser acusado de abusar sexualmente de 13 mulheres durante sessões espirituais em Cuiabá. A decisão recente do Ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) Reynaldo Soares da Fonseca mantém sua prisão preventiva, após uma série de eventos que levaram à sua detenção e subsequente libertação.

A saga começou em 1º de setembro de 2023, quando a prisão preventiva de Silva foi decretada, sendo cumprida em 5 de setembro. Contudo, após uma audiência no dia seguinte, ele foi posto em liberdade sob medidas cautelares. No entanto, sua liberdade foi curta, pois foi preso novamente em 28 de setembro e entrou com um pedido de Habeas Corpus (HC).

O pedido de HC foi negado pelo juiz Reynaldo Soares da Fonseca, baseado em uma série de fatores, incluindo a postagem do acusado em suas redes sociais anunciando seu retorno às sessões e trabalhos religiosos. Segundo o documento, essa postagem foi considerada intimidadora para as vítimas.

De acordo com a decisão do juiz, várias vítimas procuraram a delegacia para relatar os supostos abusos após a prisão de Silva. No entanto, após sua soltura e a postagem anunciando seu retorno às atividades, as vítimas deixaram de procurar a delegacia, o que indica um possível efeito intimidador da liberdade do acusado.

A autoridade policial também argumentou que o vídeo divulgado por Silva comunicando sua volta às atividades configurava um ato intimidador, especialmente considerando o estado emocional das vítimas já fragilizadas pela conduta delituosa do investigado.

Dessa forma, a decisão de manter a prisão preventiva foi fundamentada na necessidade de garantir o bom andamento da instrução criminal e evitar possíveis intimidações às vítimas.