A administração José Carlos do Pátio segue trabalhando incansavelmente contra os servidores públicos municipais de carreira. Depois de prejudicar os trabalhadores da educação, o executivo prepara um novo golpe contra o funcionalismo.

Trata-se do projeto de Lei Complementar n.º 60 que altera a Lei Complementar n.º 226 de 28 de março de 2016 e Lei Complementar n.º 228 de 28 março de 2016. A proposta está na Câmara para ser votada em regime de urgência.  Nesta oportunidade estão na mira do prefeito os servidores da área instrumental.

O documento apresenta de maneira subjetiva que tal projeto visa adequar as vagas e promover concurso público. Mas o que acontece de fato é que a atual gestão pretende conseguir autorização da Câmara de Rondonópolis para reduzir o número de vagas existentes.

A proposta tem como objetivo acabar com vagas existentes para os cargos de analista instrumental, técnico instrumental e extingue o apoio instrumental. “Querem promover outro golpe. Peço aos servidores o que aconteceu na educação. Fizeram a revisão na carreira dos professores e deixaram de fora os coordenadores e supervisores. Esses trabalhadores ficarão o resto da carreira sem qualquer correção no plano de cargos e salários até a aposentadoria. Se aprovado, os primeiros impactados serão os trabalhadores do apoio, que terão a carreira extinta. Isso é um crime contra o serviço público”, comenta Geane Lina Teles, presidente do Sispmur.

A proposta que tira uma grande quantidade de vagas do instrumental aumenta a oferta de cargos para educação. “Querem abrir vagas para concurso público, mas sem mexer nos cargos vagos. A estratégia é reduzir a quantidade de cargos e remanejar para a educação. Por que não deixam o instrumental do jeito que está abrem concurso o quantitativo real e aumentam as vagas para educação? O golpe aí é fácil de explicar. Estão querendo deixar alguns setores com vagas abertas para serem preenchidas pela máfia das terceirizadas”, afirma a maior líder do serviço público municipal.

Geane ainda lembra que caso o projeto seja aprovado, o prefeito José Carlos do Pátio e os vereadores que votarem pela aprovação da proposta ficarão conhecidos como aqueles que acabaram com o serviço público. “Esse projeto está extinguindo vagas, está colocando apenas vagas ocupadas. Está deixando em extinção o cargo do apoio instrumental, onde existem mais 520 pais e mães de família trabalhando. Isso que estão fazendo é uma verdadeira traição contra os servidores. Se queriam aumentar as vagas da educação, enviasse um projeto separado. Nenhuma proposta sobre o instrumental foi discutida com a categoria. É mais uma medida arrogante do executivo que será contestada na justiça”, garante.

Mobilização

O Sispmur já publicou edital convocando os servidores para assembleia extraordinária na Câmara, na tarde desta quarta-feira (05), a partir das 14h.