Como parte da estratégia para ofertar na rede municipal o implante subdérmico contraceptivo de etonogestrel, conhecido como Implanon, a Secretaria Municipal de Saúde realizou a capacitação de profissionais que atuarão na orientação, na inserção e no acompanhamento das pacientes que optarem pelo método.

A formação aborda as indicações, contraindicações e as técnicas de inserção e retirada do Implanon. O contraceptivo está sendo incorporado pelo SUS para mulheres em idade fértil (18-49 anos), com foco inicial naquelas em alta vulnerabilidade social.

Público-alvo

Rondonópolis recebeu do Ministério da Saúde o total de 880 implantes. Por se tratar de quantidade insuficiente para atender as mulheres da cidade, critérios de classificação de prioridades para a inserção do Implanon serão seguidos.

Neste primeiro momento, pacientes em situação de extrema vulnerabilidade social, classificadas na categoria 1, serão atendidas. São elas: mulheres em situação de rua; mulheres usuárias de drogas; mulheres privadas de liberdade e mulheres que possuem contraindicação para o uso de outros métodos contraceptivos.

“Todos os profissionais já estão preparados para fazer a inserção do implante. A distribuição para a rede começa a partir da próxima segunda-feira e as mulheres da categoria 1 podem procurar as unidades básicas de saúde, nos próximos dias, para avaliação médica”, explica a enfermeira Lorena Mello, que é responsável pelo programa de saúde da mulher do Município.

Próximas categorias

Futuramente, ao receber novas unidades do Ministério da Saúde, Rondonópolis passará a atender outras categorias de mulheres com o implante.

Na categoria 2, serão atendidas as mulheres com agravos de saúde. Estão aptas mulheres soropositivas para HIV; em tratamento de tuberculose; em uso de talidomida (tratamento de hanseníase, lúpus, mieloma múltiplo) e com transtornos mentais graves ou severos.

Na categoria 3 estão as mulheres com perfil de alto risco para gravidez. São elas: as mulheres de 15 a 19 anos, 11 meses e 29 dias; mulheres jovens com mais de 2 filhos e mulheres profissionais do sexo.

Somente na categoria 4 estão as mulheres em geral, com idade fértil entre 18 e 49 anos e com elegibilidade habitual.