A Secretaria Municipal de Promoção e Assistência Social, conduzida pela secretária Alessandra Ferreira, vem dando ênfase neste mês para a problemática da violência contra a mulher em Rondonópolis. Um reforço nessa luta é a campanha Agosto Lilás, dedicada à conscientização e combate à violência contra a mulher. A escolha deste mês se deu pela sanção da Lei Maria da Penha, assinada em 7 de agosto de 2006, sendo uma referência no enfrentamento da violência doméstica no Brasil.

Em entrevista à reportagem, a gerente do Núcleo de Educação Permanente da Secretaria Municipal de Promoção e Assistência Social, Márcia Casali, e a presidente do Conselho Municipal das Mulheres e superintendente de engenharia e arquitetura da Secretaria de Promoção e Assistência Social, Tainá de Oliveira Boaventura, destacaram a importância de ampliar a divulgação do Agosto Lilás.

Em Rondonópolis, várias ações de conscientização vêm ocorrendo em alusão ao Agosto Lilás, com o incentivo da secretária municipal Alessandra Ferreira. Um dos focos é informar a população sobre a identificação de situações de violência e os canais disponíveis para denúncias. Através da Secretaria de Promoção e Assistência Social, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e Serviços de Convivência estão fazendo palestras e outras atividades voltadas ao tema.

Enfatizando a importância do debate, Márcia Casali observa que essa preocupação não pode ser uma demanda pontual, apenas em um mês. Ela atesta que essa luta pela conscientização pelo fim da violência é diária, necessitando ser realizada durante os 365 dias do ano. Nisso, informa que Rondonópolis já teve dois casos de feminicídio em 2025, acarretando uma série de problemas, como crianças órfãs, desestruturação da família, uma vulnerabilidade social geral.

Nesse contexto, Tainá enfatiza que o Agosto Lilás é o marco anual de conscientização e enfrentamento à violência contra as mulheres, merecendo a devida atenção da sociedade. “É importante a gente falar que a violência contra mulher não é apenas a violência física, tanto que até na Lei Maria da Penha, que é o marco dessa luta em defesa da mulher, deixa bem claro que existem cinco tipos de violência: a física, a moral, a psicológica, a sexual e a patrimonial”, disse.

Márcia e Tainá repassam que, dentro dessa problemática, é fundamental romper o silêncio e que a mulher tenha a consciência que ela não está sozinha. “Inclusive, tem uma frase que eu acabei de ler que dizia assim ‘Se você se calar, você está protegendo o agressor’. Então, denuncie. Tem uma rede de proteção à disposição. Não é algo fácil porque temos uma sociedade machista, todas as questões familiares, mas começa com uma violência psicológica e pode terminar com um feminicídio”, alertou Márcia.

Vale informar que, em casos de violência doméstica, especialmente casos de urgência e emergência, as vítimas devem acionar o telefone 190.