Rondonópolis (MT) – A 4ª Vara Cível de Rondonópolis recebeu o plano de recuperação do Grupo Konageski, empresa atuante no setor do agronegócio na região de Primavera do Leste, situada a 236 km da capital Cuiabá. Além de detalhar a estratégia da organização para sair da crise financeira, o despacho judicial também revelou a lista de credores, que cobram um total de R$ 15,8 milhões da empresa.

Com a divulgação do plano de recuperação, os credores têm um prazo de 30 dias para apresentar objeções ao mesmo. Caso haja discordância em relação ao cronograma e às condições propostas para o pagamento das dívidas, uma assembleia de credores é convocada, conferindo-lhes poderes para alterar a estratégia da empresa.

Caso as partes envolvidas não consigam resolver o impasse, a justiça pode decretar a falência da empresa. O Grupo Konageski iniciou suas atividades em Mato Grosso na década de 1980, especializando-se no cultivo de grãos e na criação de animais.

Conforme informações presentes nos autos, ao longo dos anos, a família responsável pela empresa dividiu-se na administração de propriedades tanto em Mato Grosso quanto no Paraná, enfrentando alguns obstáculos ao longo do caminho. Um desses reveses foi a tentativa de cultivo de uva em Primavera do Leste, que resultou em prejuízos. Segundo o processo, as mudas utilizadas no plantio estavam infectadas por um vírus, e o técnico estrangeiro responsável pelo projeto abandonou a região, deixando os produtores inexperientes sem assistência adequada.

A família também revelou ter sido prejudicada por invasões de terras e por arrendamentos realizados em propriedades inférteis ao longo dos anos. Inicialmente, no processo, o Grupo Konageski estabeleceu o valor da causa em R$ 45 milhões, indicando essa quantia como o montante total de suas dívidas.

Entretanto, com a divulgação da lista de credores, o valor foi reduzido para R$ 15,8 milhões, proporcionando uma visão mais precisa da situação financeira da empresa. Agora, a organização busca soluções e estratégias para reestruturar-se e recuperar sua estabilidade econômica.

As informações são do site Folhamax.