Pessoas que antes estavam em situação de rua mostram que, com ajuda pública e força de vontade, é possível sair da situação de indignidade e recomeçar na vida. A secretária municipal de Promoção e Assistência Social, Alessandra Ferreira, conheceu nesta quinta-feira (24/7) três casos desses de superação em Rondonópolis, de pessoas que saíram das ruas e estão se estruturando novamente.

Esses bons exemplos locais vêm de pessoas como o Odair Ribeiro da Silva, do Mizael Alves Pinto e do José Ribamar da Silva Pinheiro, que tiveram a ajuda da Secretaria Municipal de Promoção e Assistência Social, através do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), para organização de documentação e ajuda para viabilização do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Com o benefício conquistado e a decisão de mudança de realidade, os três tiveram a oportunidade de alugar imóveis para poderem viver. José Ribamar conta que viveu 23 anos na rua e que tomou a decisão de deixar as drogas e bebidas. Com a ajuda do Centro Pop, ele conseguiu conhecer a família, mas decidiu ficar em Rondonópolis, devido ao povo acolhedor. “Cada dia que passa eu me sinto feliz, porque tomei a atitude de sair daquela vida”, disse.

Mizael Alves lembrou que são 18 anos em Rondonópolis, sendo quase 10 anos nas ruas. Com o auxílio do Centro Pop, atesta que conseguiu o BPC. A secretária Alessandra externou a ele seu contentamento em testemunhar essas mudanças de vida. “Mizael, eu fico muito feliz de saber que você tem seu cantinho agora, tem seu recurso e saiu da rua. Quero dizer que nós, do Centro Pop, estamos à disposição para estar auxiliando no que for preciso. Mas não adianta o Centro Pop fazer seu serviço se a pessoa não quiser ajuda”, analisou a secretária.

Já Odair Ribeiro relata que era alcoólatra e que decidiu sair das ruas e do vício. “Eu fico às vezes sem palavras porque a diferença é muito grande, a gente se sente melhor, começa a se sentir útil, a se valorizar mais e a dar valor na vida”, analisou ele, dizendo que a pessoa não pode se acomodar em viver na indignidade. “Tem que ter força de vontade também, porque não é fácil. E nós estamos aqui para dar aquela forcinha a essas pessoas e dizer: vamos lá!”, reforçou a secretária.

A coordenadora do Centro Pop, Naidellainy Domingues, externou sobre a satisfação de ver essas mudanças de vida. “A gente fica satisfeito em ver que nosso serviço está valendo à pena, pois a gente percebe que está no caminho certo”, disse.