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Commodities intensificam altas lideradas pelo algodão, enquanto dólar aprofunda baixas nesta 6ª
- Publicado em 04/11/2022
- 14:39
A alta generalizada entre as commodities continua nesta sexta-feira (4) nas bolsas internacionais. Perto de 12h10 (horário de Brasília), os futuros do algodão lideravam os ganhos subindo mais de 5%, rompendo seu limite de alta na Bolsa de Nova York, chegando a 87,70 cents de dólar por libra-peso no contrato mais negociado. Ao mesmo momento, os preços da soja subiam quase 30 pontos na Bolsa de Chicago, com o contrato maio/23 – referência para a safra brasileira – chegando aos US$ 14,75 por bushel.
Entre os derivados da soja, o destaque vinha com o óleo, que subia mais de 2%, acompanhando os ganhos intensos também do petróleo – tanto no WTI, quanto no brent – de mais de 3%. A primeira posição, dessa forma, tinha 76,83 cents de dólar. No farelo, os ganhos superavam 1%.
Ainda na CBOT, por outro lado, os futuros do milho e do trigo trabalhavam do lado positivo da tabela, porém, com estabilidade, sem grandes movimentações.
No mesmo momento em que as commodities disparavam, o dólar index cedia 1,5%, para voltar aos 111.075 pontos, dando ainda mais espaço aos avanços não só das commodities, mas também dos índices acionários. Parte desse movimento, como explicam analistas e consultores internacionais, reflete os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos divulgados nesta sexta-feira.
“O mercado de trabalho ficou mais forte do que o esperado, porém, a taxa de desemprefo subiu mais que as expectativas, reforçando o sentimento de que o Fed pode parar de subir os juros antes do que o esperado. Dólar para baixo, commodities para cima”, afirma a equipe da Agrinvest Commodities.
Ao lado dessas informações, porém, o mercado espera também pelos novos dados de inflação que serão reportados na semana que vem e que deverão continuar a interferir em todos os ativos, como tem sido nos últimos meses. Além disso, são números que poderão direcionar ainda mais os investidores sobre o futuro da taxa de juros norte-americana e das decisões do Federal Reserve.
Em foco está não só a intensidade das altas sobre a taxa, mas o ritmo em que esses movimentos deverão ser elaborados e implementados pelo banco central dos Estados Unidos.
SOBRE A SOJA
Os traders seguem atentos aos fundamentos que já conhecem – clima na América do Sul, comportamento da demanda e conclusão da safra nos Estados Unidos – bem como à interferência do financeiro e a intensa volatilidade que ainda carrega. Assim, um movimento de correção técnica também pode ser registrado nesta sexta.
Além do estímulo vindo do petróleo, a soja em grão é puxada ainda pelo “mercado de óleos vegetais, que vem subindo com agressividade ao longo de toda a semana na Ásia”, explica o diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira.
Mais do que isso, Pereira ainda destaca algumas preocupações com o clima no Brasil. “Há uma expansão das estiagens no país, que estavam confinadas ao Sul do país e que agora se alastram por 80% de todo o Centro-Oeste nestes próximos 10 dias”.
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