Os preços do ovo de galinha têm apresentado um aumento significativo nos últimos meses, tornando-se um dos produtos que mais pesam no bolso dos brasileiros. As informações são do portal Folha/UOL.

Segundo a reportagem e de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o ovo acumulou inflação de 22,93% nos últimos 12 meses até junho, a maior alta em uma década.

A alta nos preços pode ser atribuída a uma série de fatores, incluindo a redução da oferta devido ao aumento dos custos de produção. Além disso, a crescente demanda pelo ovo como substituto mais acessível para proteínas concorrentes, como carnes, tem exercido pressão sobre os preços.

Entre os 377 subitens do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o ovo de galinha ficou em nono lugar em termos de maior alta de preços nos últimos 12 meses. Apenas alguns itens, como tangerina (52,5%), inhame (46,95%), filhote de peixe (40,79%), farinha de mandioca (34,93%), banana-maçã (32,62%), batata-doce (29,6%), melancia (24,9%) e alimento infantil (23,27%) tiveram inflação mais elevada.

Nas capitais, o aumento nos preços do ovo foi ainda mais acentuado em algumas regiões, com Belo Horizonte liderando a lista, seguida por Aracaju e Goiânia. Em São Paulo, o preço do alimento subiu 24,51% no mesmo período.

As exportações recordes de ovos e as condições climáticas, como o frio, que afetam a produtividade das poedeiras, têm contribuído para a diminuição da oferta e o consequente encarecimento do produto.

Em maio, o consumidor paulistano pagou em média R$ 13,10 por uma dúzia de ovos brancos, conforme pesquisa da cesta básica realizada pelo Procon-SP em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O preço ficou 30,9% acima do valor registrado um ano antes (R$ 10,01), em maio de 2022.

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