O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se defendeu das acusações de que teria apoiado um “golpe de Estado” para permanecer no Poder. Ele ainda refutou que tenha responsabilidade pelos atos do 8 de janeiro, destacando que “não se tenta dar golpe sem arma nenhuma, num domingo, fora do país”. Na ocasião das depredações, Bolsonaro estava de férias na Flórida, Estados Unidos.

– Jamais teve nenhum movimento meu no sentido de apoiar um golpe de Estado. Tentam botar o oito de janeiro, as depredações lamentáveis, na minha conta. Como que pode ter tido participação minha? Tive quatro anos para fazer (golpe) e não fiz. Ia tentar fazer justamente quando eu estava fora do Brasil? Não se tenta dar golpe sem arma nenhuma, num domingo, fora do país – declarou Bolsonaro, segundo informações do colunista Paulo Cappelli.

Nesta quinta-feira (22), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai julgar uma ação que pode deixar o ex-presidente inelegível, movida pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). Ela acusa a chapa Bolsonaro-Braga Netto de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação com base em uma reunião com embaixadores em que o ex-presidente criticou as urnas eletrônicas.

Bolsonaro afirma que a reunião foi apenas um “contraponto legítimo” ao ministro Edson Fachin, que promoveu um encontro meses antes para defender as urnas. O ex-chefe do Executivo ainda questiona a atitude do TSE de aceitar novas provas após a ação já ter sido protocolada, lembrando que, em 2017, ao julgar a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), a Corte não aceitou a anexação de novos fatos depois do prazo decadencial.