O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que irá trabalhar contra a aprovação da proposta de emenda constitucional da reforma tributária, com votação prevista na Câmara dos Deputados para esta semana. De acordo com ele, toda a bancada de seu partido votará “pela rejeição total” da proposta.

– (…) o presidente do PL e seu líder na Câmara dos Deputados encaminharão, junto aos seus 99 deputados, pela rejeição total da PEC da Reforma Tributária – escreveu em nota publicada no Twitter.

– A PEC retira ainda a capacidade de investimento dos estados e subtrai recursos dos municípios. Concentra na União tais recursos onde sua liberação se sujeitaria a um Conselho composto de “companheiros” – afirmou em outra publicação.

Ao argumentar contra a reforma, Bolsonaro diz que a “proposta do PT aumenta de forma absurda os impostos da cesta básica (arroz, açúcar, óleo, batata, feijão, farinha, etc.)”.

O ex-presidente defende que seja mantida a política econômica de sua gestão, como demonstração de “coerência”.

– A atual Reforma Tributária do PT vai na contramão do que fizemos. Caso tivesse um mínimo de coerência, o atual governo deveria manter a nossa política econômica que deu certo: menos impostos, mais arrecadação.

Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta segunda-feira (3), o assunto também foi abordado, com Bolsonaro reforçando sua posição e a do PL.

– Essa reforma tributária é uma pancada no capitalismo e um fortalecimento do socialismo. É aquele comunismo sendo trabalhado a conta-gotas. Esse é um balde de água favorável ao socialismo no Brasil – afirmou.