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CATÁSTROFE
“Cemitério a céu aberto quando as águas baixarem”, desabafa voluntário no RS
Por Jornal a Razão
- Publicado em 05/05/2024
- 10:32
As águas ainda estão altas e a entrada de barcos sem motor foi novamente proibida pelas autoridades locais
Na cidade de Canoas, as inundações recentes têm provocado uma crise humanitária sem precedentes. As águas ainda estão altas e a entrada de barcos sem motor foi novamente proibida pelas autoridades locais, deixando milhares aguardando resgate e aumentando a frustração e o desespero.
“Quando as águas baixarem, vocês verão o maior cemitério a céu aberto já visto”, desabafou @cafecomcrenteoficial. Além das águas ainda não terem baixado, as restrições impostas estão dificultando as operações de resgate. A exigência de que apenas barcos com motor e pilotos licenciados possam entrar nas águas tem sido um grande impedimento para a ação voluntária.
Há relatos de que as autoridades locais estão limitando o acesso de novos voluntários e controlando rigorosamente a entrada na área afetada. “Piloto sem carta não entra, o que é um absurdo, já que milhares de pessoas poderiam ser salvas”, aponta o voluntário, destacando a urgência da situação.
Além disso, o desaparecimento temporário de figuras políticas locais, como o prefeito e os vereadores, e a suposta inação por parte deles, tem agravado a situação. “Todos os vereadores que estão aqui, principalmente os evangélicos, sumiram desde ontem à noite e agora estão aqui mentindo para vocês que passaram a noite toda aqui e ficaram sem bateria no celular”, acrescentou o voluntário.
Os relatos são de um cenário de desespero: “Centenas de corpos estão boiando sobre as águas, a maioria crianças. Milhares de pessoas estão aguardando o resgate, infelizmente muitas delas estão morrendo.” A situação é descrita como caótica, com uma quantidade insuficiente de soldados do exército e outros agentes de resgate, que segundo testemunhas, parecem relutantes em adentrar nas áreas mais afetadas.
Enquanto a chuva continua e a água sobe, a necessidade de ajuda se torna ainda mais urgente. “Eu imploro, por favor, mostrem isso para o mundo! Eu imploro por ajuda aqui em Canoas!”, conclui o voluntário, refletindo o sentimento de desamparo que permeia a cidade neste momento crítico.
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