O prefeito eleito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira (PL), expôs os desafios financeiros e administrativos que marcarão o início de sua gestão em 2025. Em entrevista ao RD News e ao Rdtv Cast, Cláudio destacou a inédita redução orçamentária que enfrentará, agravada por dívidas herdadas da atual administração.

O orçamento municipal previsto para 2025 será de R$ 2,19 bilhões, cerca de 3% menor que o de 2024, que alcançou R$ 2,2 bilhões após um aumento de 5% em relação ao ano anterior. A queda contrasta com o padrão histórico de crescimento orçamentário anual, revelando, segundo Cláudio, a necessidade de “prudência e planejamento”.

“Assumiremos um orçamento menor, algo que nunca aconteceu. Além disso, herdaremos um município endividado. Essa combinação exige que sejamos ainda mais responsáveis na gestão financeira e fiscal”, pontuou Cláudio, criticando a administração do atual prefeito, Zé Carlos do Pátio (Solidariedade).

Entre os problemas mais urgentes está a defasagem salarial do funcionalismo público, que o prefeito eleito considera prioritária. “Os salários estão defasados e precisam ser corrigidos. Mas como fazer isso com um orçamento reduzido? Esse é um dos nossos maiores desafios”, ressaltou.

Para enfrentar o cenário adverso, Cláudio aposta na reestruturação administrativa, com a redução no número de secretarias municipais. Algumas já estão definidas, como a fusão das secretarias de Cultura, Esporte e Educação em uma única pasta, além da unificação das áreas de Finanças, Planejamento e Receita. “Não vejo necessidade de tantas divisões na administração. Com menos secretarias e profissionais mais eficientes, podemos alcançar uma gestão mais sistêmica e integrada”, explicou.

O prefeito eleito também destacou a importância de melhorar a relação entre o funcionalismo público e a administração, algo que, segundo ele, está em desequilíbrio. “Precisamos engajar os servidores e mostrar que é possível construir uma gestão eficiente e cooperativa”, afirmou.

Cláudio reconhece os gargalos históricos em áreas como Saúde e Educação, que continuarão demandando atenção especial. A solução, segundo ele, passa pela implementação de um governo digital e mais eficiente, sem perder o foco humano. “Com menos recursos, precisaremos investir em tecnologia e inovação para fazer mais com menos. Esse será um governo voltado para resultados, mas sem deixar de lado as pessoas”, concluiu.

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