O regime ditatorial de Ortega, na Nicarágua, novamente proibiu as procissões da Semana Santa no país.

No momento, há pelo menos 13 pessoas presas por participar de vias sacras, além de outras atividades religiosas católicas, ou por exercer e defender seu direito à liberdade de culto.

“Pelo menos 13 pessoas presas políticas continuam detidas injustamente simplesmente por participarem em viacrucis e outras atividades próprias da comunidade da Igreja Católica”, declarou o Mecanismo, composto por um grupo de organizações de direitos humanos, familiares de presos políticos, entidades de documentação e redes de ativistas territoriais e digitais.

Ortega proibiu que os cristãos saiam dos terrenos das igrejas. 

A advogada e ativista Martha Patricia Molina denunciou através de suas redes sociais que neste ano de 2024 “mais de 400 vias sacras não realizarão o percurso habitual da quaresma”. Algumas dioceses, continua Molina, receberam uma permissão “parcial” e suas procissões só poderão percorrer a quadra onde se encontra o templo. A advogada descreve essa proibição como característica de uma “ditadura criminosa que, nem na Quaresma, cessa seu ódio contra a Igreja Católica”.