O deputado federal eleito Abílio Brunini (PL) comentou a fala do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), de que os parlamentares que têm diminuído a importância dos ataques aos Palácios dos Poderes da República deverão ser responsabilizados.

Arthur Lira criticou, na manhã desta segunda-feira (16), os parlamentares que têm diminuído a importância dos ataques registrados na Capital Federal, no dia 8 de janeiro.

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“Todos que tiverem responsabilidade vão responder. Inclusive parlamentares que andam difamando e mentindo com vídeos dizendo praticamente que houve inverdades nas agressões que a Câmara do Deputado sofreu no seu prédio. Esses deputados serão chamados à responsabilidade porque todos viram, as cenas são terríveis, violentas, gravíssimas”, disse.

Um jornalista questiona a respeito de Abílio, que gravou um vídeo no salão verde, mostrando que os estragos naquela região do Congresso Nacional tinham sido mínimos.

“É justamente isso”, respondeu Arthur Lira. “Eles terão que ser chamados à responsabilidade, porque de qualquer maneira, um parlamentar eleito não pode estar divulgando fatos que não condizem com a realidade”, afirmou.

Abílio disse que ainda não teve acesso à fala de Lira, mas acredita ser alvo de “fake news”, já que não apoiou os atos de violência na Capital Federal e não disse em momento nenhum que os ataques não tinham acontecido. O vídeo em questão é uma live de 16 minutos.

“Eu digo que teve vários lugares que foram destruídos e que naquele lugar onde eu estava não tinha sido tão destruído assim. (…) Foi um trecho fora do contexto inteiro. Foi 16 minutos de vídeo mostrando os lugares que foram invadidos e os lugares que foram invadidos e não foram tão destruídos”, disse o parlamentar.

O deputado fez questão de ressaltar que a sua gravação aconteceu três dias após os ataques, quando os trabalhos de limpeza já tinham sido iniciados em todos os palácios.

“Em momento algum eu defendi a invasão ou defendi a destruição. Eu fui contra. Eu condenei a destruição, eu condenei a invasão, eu acho que foram errados esses atos que aconteceram em Brasília. Só que eu estava mostrando o Congresso, eu não estava mostrando o STF, eu não estava mostrando o Palácio. Era um vídeo mostrando o Congresso três dias depois do ocorrido”, disse.

Para Abílio, há uma clara tentativa de atingi-lo nesse caso. “Pegaram o pedaço de um vídeo e descontextualizaram para o Brasil inteiro, me atacando no Brasil inteiro como se tivesse sido a verdade. E aí, é uma perseguição ou não é?”, questiona.