Um vídeo publicado neste domingo (7) pelo deputado federal Delegado Caveira mostra crianças trajadas com roupas do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) realizando atividades recreativas inspiradas na temática ideológica do grupo. Intitulados pelo MST com os “sem-terrinha”, as crianças são incentivadas a participarem de oficinas e gincanas, tal como a elaborarem um funk em defesa do movimento.

“Sou sem-terrinha do MST. Acordo todo dia para lutar, você vai ver”, entoam as crianças sob a orientação dos militantes.

Apesar de ser publicado recentemente, o ato foi realizado em outubro de 2023, em função dos 40 anos do movimento, no município de Nova Santa Rita, em Porto Alegre. O projeto integra os empreendimentos do MST para a doutrinação infantil. Iniciativas semelhantes também foram sucedidas em estados como o Maranhão e o Espírito Santo. No começo de dezembro, o grupo, inclusive, anunciou seu jogo de tabuleiro denominado “Rumo à Reforma Agrária Popular”, com estética semelhante ao famigerado “Banco Imobiliário”.

“O objetivo do jogo é fazer com que toda a companheirada chegue à REFORMA AGRÁRIA POPULAR sem deixar ninguém para trás e com o maior número de sementes para semear o futuro. Ao longo do jogo, serão enfrentados diversos obstáculos que devem ser superados coletivamente e de forma cooperativa.

Para chegarem juntos à REFORMA AGRÁRIA POPULAR, você e a companheirada devem se reunir em CONGRESSOS NACIONAIS para fazer um balanço e reforçar seus princípios e estratégias.

A REFORMA AGRÁRIA POPULAR é uma luta de todos e, por isso, é importante que todos atuem coletivamente, sempre se preocupando com as necessidades da companheirada. Apoiando um ao outro, você e a companheirada terão a ajuda necessária para chegarem juntos à REFORMA AGRÁRIA POPULAR”, informa a sinopse do jogo.

Em suas redes sociais, o parlamentar rechaçou a oficina elaborada pelo movimento, elencando que “criança deve ser criança. Grupos como o MST, que defendem Karl Marx, Che Guevara, Lenin, Hitler, entre outros, devem incentivar nossas crianças a estudar, formar-se e, posteriormente, trabalhar para conquistar seus bens, em vez de apoiar invasões de terras de quem trabalhou para obtê-las. Sem doutrinação. Deixem nossas crianças em paz”.