A recente `peleia´ entre o prefeito Zé do Pátio (PSB) e o presidente da Câmara de Vereadores, Junior Mendonça (PT), mostra como a esquerda está desesperada e desunida na cidade, pelo menos por enquanto. O tormento das eleições estaduais de 2022, onde os progressistas não conseguiram eleger ninguém na cidade, parece aumentar a cada dia na busca de um nome que possa substituir Pátio.

O prefeito foi um dos grandes derrotados na última eleição, pois não elegeu sua esposa nem o seu candidato a deputado estadual, apesar de ambos terem usado muitos recursos.

Durante a campanha, as carreatas vazias e a falta de apoio popular ligaram um sinal de alerta máximo na esquerda. Além disso, o nome apoiado por Zé para o pleito do próximo ano, Paulo José, brocha até os mais fanáticos apoiadores do prefeito.

Já, o vereador Junior Mendonça que seria uma alternativa também não anima uma certa ala da esquerda. Além disso é filiado PT, e devido a péssima gestão do atual presidente Lula  não deve obter muitos votos dos rondonopolitanos. Outro ponto negativo para Mendonça, é que seu nome sofre com a birra de Pátio, que pretende `enfiar goela a baixo´ o nome de Paulo José.

Assim como Lula, Zé não consegue passar seu protagonismo para ninguém de sua equipe, resultado de uma  gestão centralizadora e muita vaidade política.

Direita animada

Tais fatos animam setores da direita conservadora de Rondonópolis que enxergam com bons olhos essa falta de união da esquerda mirando o pleito de 2024. No entanto, nada disse valerá caso a própria direita repita 2020 e rache novamente os votos.

Fato é que Rondonópolis tem uma maioria esmagadora de votos de conservadores ou de pessoas que desprezam a esquerda, vale ressaltar a excelente votação de Bolsonaro em 2022 na cidade. Porém, caso esses votos sejam divididos entre seus candidatos, a gestão de Rondonópolis pode continuar na mão da velha política.

Uma luz no fim do túnel surgiu após o encontro de Jair Bolsonaro com o atual deputado estadual Cláudio Ferreira (PTB), onde o ex-presidente teria sinalizado apoio ao parlamentar para o pleito de 2024, unificando dessa forma a direita em Rondonópolis.

Tal união teria que ser formalizada na `marra´, pois os políticos que se arriscassem a serem candidatos  sem o apoio de Bolsonaro não teriam capital nem força política para conversar com os conservadores e pedirem votos na cidade.