Considerado talvez o maior líder intelectual do lulopetismo no Brasil, o ex-ministro Zé Dirceu acirrou o sentimento de polarização no país, nos últimos dias, ao sugerir que o PT não pensa duas vezes e una forças com outros partidos da chamada centro-esquerda, onde não tenhas candidatos a prefeito com viabilidade, para derrotar o bolsonarismo, ou seja, o PL.

Dentro da lógica estabelecida, em Rondonópolis, por exemplo, o PT de Dirceu valida integralmente e abraça eventuais vitórias de Paulo José (PSB) ou de Thiago Silva (MDB), embora tenha coloca a pré-candidatura do empresário Teti (PT), que até agora não empolgou o eleitorado. Com a ordem de Dirceu, a tendência então é que o partido se aproxime de quem tiver mais condições de impedir o triunfo de Cláudio Ferreira, nome escolhido por Jair Bolsonaro e pelos liberais.

A avaliação de Dirceu acaba sendo coerente quando se olha os principais apoiadores de Thiago e Paulo. Enquanto o pré-candidato do PSB tem seu nome carregado pelas ruas por Zé do Pátio, considerado o prefeito mais lulista de Mato Grosso, o projeto do MDB é liderado por Carlos Bezerra, que já fez diversas críticas ácidas a Bolsonaro e seus apoiadores, mantendo relação de grande intimidade com Lula e o próprio Dirceu.

Questionado se a fala do maior mentor petista acaba por ter alguma influência no pleito, Cláudio considerada a mesma reveladora.

“O MDB foi em todo tempo dos governos Lula e Dilma o principal pilar de sustentação, fechando chapa inclusive. O PSB tem o atual vice. Os três partidos são partes de uma mesma coisa, embora muita gente lute contra os fatos, tentando confundir o eleitor. A verdade é que temos uma candidatura que realmente defende a família, a liberdade, a geração de empregos, a diminuição de impostos, a redução de gastos públicos e pautas conservadoras em Rondonópolis: a nossa, do PL. E o povo sabe disso”, frisou Ferreira.