O Partido dos Trabalhadores promoveu uma festa na noite desta quarta-feira (20) para celebrar os 44 anos de fundação da sigla. A comemoração atraiu autoridades da esquerda, como ministros de Estado, deputados, senadores e o próprio presidente Lula.

Entre os convidados, muitos enrolados na Justiça ou que já se livraram de processos com uma boa e inexplicável dose de sorte. Circulando solto pelo salão, de camiseta xadrez e calça preta, o ex-ministro petista José Dirceu, alvejado pela Lava Jato, mas que está livre para flanar por aí. Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT e enrolado no mensalão, também registrou presença.

Mesmo com bandidões fugitivos aterrorizando a população do Rio Grande do Norte, a governadora do estado Fátima Bezerra (PT) achou de bom tom dar as caras em Brasília para a festa. Enquanto isso, parte dos potiguares vive aterrorizada sem saber quando o governo dará conta de capturar os criminosos faccionados que, de maneira inédita, meteram o pé de um presídio federal de segurança máxima.

O presidente Lula compareceu ao evento. Participou dos parabéns, assoprou as velas do bolo. A militância teve direito a foto com Lula, mas de papelão. A produção espalhou umas peças de um “Lula de papel” e pedia aos participantes para uma selfie com a peça de papelão. Ingressos para a festa foram vendidos para militantes, chegaram ao valor de R$20 mil.

Antes do jantar, os convidados se esbaldavam com cerveja, uísque, vinho e drinks. No palco, a sambista Teresa Cistina se apresentava.

Apesar de festa, o clima era de enterro na mesa do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Isolado, eram várias as rodas de conversa que comentavam o isolamento de Padilha. Na festa e no governo.