A Frente Parlamentar Mista pela Educação sem Doutrinação Ideológica publicou uma nota, na segunda-feira (5), onde expressa veemente repúdio aos acontecimentos ocorridos durante a Conferência Nacional de Educação (Conae) 2024.

Realizada de 28 a 30 de janeiro, a Conae 2024 representou a etapa final na elaboração do texto base do Plano Nacional de Ensino (PNE). Conforme divulgado pelo Ministério da Educação, o tema central da Conae foi o ‘Papel Nacional de Educação 2024-2034: Política de Estado para garantia da educação como direito humano com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável’.”.

De acordo com a nota, ao invés de cumprir sua finalidade de ouvir pais, professores e grupos comprometidos com o ensino, além de abordar as reais necessidades da educação brasileira, que enfrenta desafios na qualidade do ensino em comparação com outros países, a Conferência transformou-se em um evento politicamente partidário de viés esquerdista.

A Frente Parlamentar destacou que o conteúdo apresentado e o tom das exposições na Conferência revelaram uma clara inclinação doutrinária, evidenciando a intenção de implementar um projeto político-ideológico em todas as escolas do país, sem distinção.

“Ódio à família tradicional, à fé cristã e aos valores milenares que formaram nossa sociedade judaico- cristã, ao desenvolvimento industrial e ao agronegócio foram os principais temas debatidos e expostos em stands e colóquios. Apoio ao feminismo, à ideologia genocida que é o comunismo na forma de livros de Karl Marx e outros autores (incluindo modelos voltados para o público infantil), defesa ao grupo terrorista Hamas, ao assassino revolucionário Che Guevara, comércio de livros com apologia ao crime de pedofilia, bandeiras e camisetas em apoio ao atual presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), comércio de bebidas alcoólicas, entre outros. Esse foi o cenário da Conae 2024”, diz a nota.

Conae 2024

A última terça-feira (30) marcou o encerramento da Conferência Nacional de Educação (CONAE) em Brasília, com a aprovação de um documento final que visa exercer forte pressão sobre o Ministério da Educação (MEC) na formulação do próximo Plano Nacional de Educação (PNE).

O documento, resultado das discussões, propõe medidas significativas, incluindo a revogação do Novo Ensino Médio, em favor de um novo modelo em trâmite no Congresso (PL 2601/2023 e PL 5230/2023); a revogação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), substituindo-a por um novo projeto curricular a ser elaborado; e a revogação da BNC Formação, política de formação de professores, substituída pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para as licenciaturas.