Luiz Marinho, chefe do Ministério do Trabalho, disse que pretende acabar com o saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Em sua segunda passagem como chefe da pasta, Marinho prometeu repetir os feitos que ele diz ter realizado em sua primeira gestão: geração de empregos, aumento real do salário mínimo e uso do FGTS como instrumento de investimento. As declarações foram dadas em entrevista ao jornal O Globo.

O saque-aniversário do FGTS pode representar uma renda extra anual para 28,6 milhões de trabalhadores, segundo dados de dezembro. Essa parcela da população saca, em média, R$ 12 bilhões por ano. Desde que foi criado, o saque-aniversário retirou quase R$ 34 bilhões do Fundo de Garantia.

Marinho também tratou na entrevista de questões trabalhistas, como um cardápio de proteção social para entregadores de aplicativos, que poderão adotá-lo ou não. Esses trabalhadores não são protegidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O novo Ministro do Trabalho disse que todas as mudanças que vai propor serão negociadas, inclusive com os empregadores. Marinho também destacou que não haverá um “revogaço” na pasta. O ministro defendeu que ocorrerá uma “construção gradativa” de uma nova legislação trabalhista.