O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dividiu o palco, no dia 26 de junho, com Alessandra Moja Cunha — presa nesta segunda-feira, 8 de setembro — sob acusação de chefiar atividades do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Favela do Moinho, em São Paulo.

A prisão ocorreu durante a Operação Sharpe, conduzida em conjunto pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), Polícia Militar e Polícia Civil, visando desarticular uma rede criminosa na região central da capital.

Segundo o MPSP, Alessandra integrava a organização liderada por seu irmão, Leonardo Moja, o “Léo do Moinho” — apontado como líder do PCC local. Ela teria cobrado propina das famílias interessadas em sair da favela mediante acordo habitacional, chegando a exigir até R$ 100 mil de taxação por família.

Além disso, Alessandra também atuou em outras frentes, como:

• atuar como “síndica” dos prédios erguidos pelo irmão na favela, usados para moradia de traficantes e armazenamento de drogas;
• gerir o ferro-velho usado para lavar dinheiro proveniente das atividades criminosas, com mensagens que comprovariam sua prestação de contas direta ao irmão.

A prisão também atingiu a filha de Alessandra, Yasmin Moja Cunha, que teria participado de reuniões com representantes do governo federal durante as negociações para a desocupação da área.

Antecedente criminal: Alessandra já havia sido condenada, em 2015, a oito anos de reclusão em regime semiaberto pelo homicídio qualificado cometido em 2005, quando ela e a irmã atacaram a vítima a facadas — crime que resultou na morte da mulher — além de ter tentado matar o ex-namorado da irmã.

No evento de 26 de junho, ela esteve ao lado do presidente Lula e também de ministros do governo federal, durante cerimônia na Favela do Moinho, registrada em imagens que ganharam nova visibilidade após sua prisão.

Vídeo:

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