O governador Mauro Mendes (União Brasil) engrossou o discurso e afirmou que já está perdendo a paciência com o imbróglio envolvendo o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Isso porque o mandatário pretende assumir a gestão e investir R$ 200 milhões no ponto turístico.

O chefe do Palácio Paiaguás criticou Lula e declarou que não conceder o Parque para Mato Grosso é “insistir no erro”. A celeuma começou após a empresa privada Parques Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura (ParqueTur), vencer a licitação com direitos para gerir o local com a promessa de investir apenas R$ 18 milhões, em 30 anos.

Porém, a ParqueTur poderia cobrar até R$ 100 por pessoa a título de entrada no ponto turístico. Na avaliação de Mendes, o montante é “ridículo” se comparada a capacidade de investimento do Governo de Mato Grosso, que possui R$ 200 milhões em caixa para destinar ao Parque em um período de quatro anos e com entrada gratuita.

“Nós assumimos uma rodovia federal e estamos dando conta do recado. Já está em obras. Eu disse para passar o Parque para nós. Não acho razoável querer cobrar do trabalhador R$ 100 para visitar um parque com investimento ridículo. Não vai precisar cobrar do trabalhador. Se o PT defende o trabalhador por que então pegar um objeto de lazer para as pessoas simples, pobres da Baixada Cuiabana e querer cobrar deles R$ 100? Não tem razoabilidade nenhuma”, indagou Mauro Mendes, em coletiva de imprensa, nesta terça-feira (22).

Devido a um erro no edital do processo licitatório, o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu, por unanimidade, a licitação que concedeu a concessão do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães para a Parquetur, após um pedido da MT Par. O julgamento foi realizado no início de julho deste ano.

Mauro Mendes teria conversado sobre o assunto com o presidente Lula (PT), com a ministra do Meio Ambiente Marina Silva, além do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha e o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Porém, os esforços do governador parecem ser em vão, uma vez que o Governo Federal se demonstra relutante em estadualizar o local.

Por isso, ele acredita que o Executivo está “insistindo no erro”. “O TCU cancelou a licitação e eles publicaram de novo. Acho que estão insistindo no erro. Eu já estou perdendo a paciência com essa história porque estou querendo pegar a obrigação que é deles de investir e que não fazem”, pontuou Mendes.