O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, participou nesta quarta-feira (25), ao lado da secretária municipal de Saúde, Lucia Helena, da audiência pública presidida pela vereadora Paula Calil, presidente da Câmara Municipal. O encontro teve como pauta central o acolhimento de crianças e adolescentes vítimas de violência na capital, reunindo conselheiros tutelares, psicólogos, profissionais de saúde e parlamentares.

Durante a audiência, Abilio ouviu atentamente as demandas das equipes que atuam na linha de frente do atendimento a crianças em situação de vulnerabilidade e sugeriu que o município deve alugar dois imóveis: um espaço acolhedor e estruturado para atendimentos integrados e outro para acolhimento emergencial, visando à proteção integral das vítimas.

“Estamos trabalhando para sair do papel e entregar políticas públicas que protejam de verdade nossas crianças. O mais importante agora é pensar fora da caixa. Se for mais rápido e mais eficiente alugar, é isso que vamos fazer. A construção de um prédio levaria anos e custaria milhões, e nós precisamos agir agora”, afirmou o prefeito.

A vereadora Paula Calil destacou o papel do protocolo de escuta protegida e o desafio de romper o ciclo da violência. “Precisamos garantir que nenhuma criança de Cuiabá passe por novas violências após denunciar um abuso. O protocolo é uma ferramenta, mas ele só será efetivo se houver um local digno, com profissionais capacitados e acolhimento humanizado”, disse.

A secretária Lucia Helena reforçou que a Secretaria de Saúde está mobilizada para oferecer apoio técnico ao projeto. “Temos uma demanda crescente por acompanhamento psicológico continuado. As crianças não podem mais ficar de um lado para o outro entre delegacias e hospitais. É urgente criar um fluxo acolhedor e eficiente”, explicou.

Além de Paula, Abilio e Lucia, participaram da audiência a primeira-dama e vereadora Samantha Iris, os vereadores Marcrean Santos e Daniel Monteiro e a secretária de Assistência Social, Hélida Vilela.

Com falas emocionadas, os participantes reforçaram a necessidade de uma atuação conjunta entre os poderes para tirar o projeto do papel. A proposta é que o futuro Centro Integrado de Atendimento funcione de forma coordenada entre as secretarias de Saúde, Assistência Social, Educação, além do Conselho Tutelar, Ministério Público e demais órgãos da Rede Protege.