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Repressão: Cristãos em Mianmar se arriscam para servir a Deus

Ko Aung* enfrentou perseguição não apenas das autoridades após se converter, como é comum em muitos países pelo mundo, mas também dos pais e amigos. Parceiro da organização cristã Portas Abertas em Mianmar, ele experimentou a repressão em primeira mão. Quando veio à fé, sentiu primeiro a pressão familiar e social para se converter ao budismo e não ao cristianismo.

– Os membros da minha família me disseram que eu seria expulso e não teria nenhuma herança. Eles me perguntaram por que aceitei a Cristo se o budismo é a melhor religião e me disseram que, ao deixar o budismo, estava abandonando meu país – relembra.

Essa não seria a última vez que ele enfrentaria a perseguição por causa da fé. Após a família deserdá-lo, Ko Aung deixou a vila onde vivia e se estabeleceu em Yangon, a maior cidade de Mianmar. Ele viveu e trabalhou lá até a pandemia de Covid-19, quando teve que voltar para casa.

Mas Deus usou seu retorno para alcançar a comunidade cristã local, que estava sofrendo muito durante a pandemia. Ele foi um dos parceiros que trabalhou com a Portas Abertas para servir cristãos que precisavam de ajuda emergencial.

– Durante a pandemia, cristãos foram afetados mais do que outras comunidades, pois muitos deles vivem em áreas remotas. Sua principal fonte de renda é a venda de vegetais e plantas em mercados distantes de suas vilas, mas com as restrições de viagem não podiam viajar e fazer negócios. Nós trabalhávamos para prover itens como arroz e óleo para cristãos necessitados. Levamos Bíblias e hinários, pois também precisavam de crescimento espiritual – explica.

Então, no início de 2021, a tomada do poder pelos militares em Mianmar aconteceu. Primeiro, Ko Aung percebeu que as coisas estavam mais perigosas quando alguns aplicativos que usava para servir aos cristãos pararam de funcionar.

– Um dia, percebi que um aplicativo do banco tinha sido bloqueado. Cerca de um mês depois, outro aplicativo do banco também foi bloqueado. Eu não podia fazer qualquer transação de dinheiro por meio dos aplicativos, nem podia sacar ou receber dinheiro no meu banco – conta.

ONDE SERVIR AOS CRISTÃOS É ARRISCADO
Ao ter problemas com seus aplicativos bancários e não conseguir mais movimentar sua conta apenas porque servia aos cristãos da região, Ko Aung percebeu o perigo real que corria por causa das pessoas que servia.

– Os militares consideram cristãos como inimigos porque geralmente vivem em áreas de Organizações Étnicas Armadas (EAO, da sigla em inglês) – explica.

As EAO são milícias que alegam representar um grupo étnico. Alguns desses grupos são compostos por cristãos, então os militares consideram todos uma ameaça, mesmo que não pertençam a uma EAO. Isso tornou perigoso o trabalho de Ko Aung com cristãos.

A situação se tornou tão arriscada para Ko Aung que parceiros da Portas Abertas em Mianmar o ajudaram a fugir para um país mais seguro. Durante sua fuga, ele temia ser detido no aeroporto. Mas reuniu coragem e conseguiu escapar. Embora a situação seja mais segura, isso não significa que Ko Aung esteja completamente fora de risco.

– Eu me mudei, mas sei que não estou completamente seguro. Caso eu seja preso por qualquer motivo, posso ser deportado para Mianmar. Eu tento não colocar qualquer informação rastreável em minhas mídias sociais. Eu posso estar na lista de procurados em Mianmar, então tenho que esconder minha localização atual – explica.

Ko Aung sabe que a perseguição digital em Mianmar provavelmente aumentará, principalmente porque o país tem feito compras significativas de equipamentos da China, uma especialista em tecnologia de vigilância.

– Em grandes cidades, vemos muitos circuitos de câmeras de segurança. As autoridades tentam adotar o projeto de cidades inteligentes da China por meio de um sistema de reconhecimento facial. Elas recebem ajuda quanto a infraestrutura, tecnologias e até mesmo técnicos da China – ressalta.

TREINADOS PARA ENFRENTAR A PERSEGUIÇÃO
Cada vez mais, o monitoramento e as restrições de autoridades locais fazem com que cristãos no Sudeste Asiático se sintam sozinhos e isolados em sua fé. Com uma doação aqueles que vivem em vilarejos remotos são treinados para enfrentar a perseguição de acordo com a Bíblia, usando material apropriado a sua cultura e idioma. Para ajudar, é só acessar o site do Portas Abertas.

*O nome em questão é um pseudônimo

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