Um triângulo amoroso terminou em tragédia na Ilha de Mosqueiro, distrito de Belém do Pará, com o brutal assassinato da jovem Paula Fernanda Figueiras, de 28 anos, morta com 32 facadas pela amiga íntima, Fabiane da Silva, de 30 anos. O crime chocou a comunidade em 2017 e voltou a viralizar nesta terça-feira (22/4) por conta da história de ciúmes, traição e violência.

De acordo com a Polícia Militar, Paula estava desaparecida desde a tarde de domingo, quando foi vista pela última vez em uma área residencial da ilha. Após investigações, Fabiane da Silva confessou o crime, alegando que agiu movida por raiva ao descobrir que seu marido mantinha um caso amoroso com Paula, que era considerada sua amiga próxima. A arma branca usada no assassinato, uma faca de cozinha, foi apreendida no local do crime.

O corpo de Paula foi encontrado em uma área isolada de Mosqueiro, com marcas de extrema violência. Peritos da Polícia Civil confirmaram que as 32 facadas atingiram regiões vitais, indicando a brutalidade do ataque. Fabiane foi presa em flagrante e encaminhada à Delegacia de Homicídios de Belém, onde aguarda julgamento aguardando julgamento.

A tragédia abalou os moradores de Mosqueiro, que descreveram Paula como uma jovem alegre e querida na comunidade. “Era uma menina cheia de vida, ninguém imaginava que isso poderia acontecer”, disse uma vizinha, que preferiu não se identificar. Já Fabiane, segundo relatos, era conhecida por um temperamento forte, mas ninguém suspeitava que pudesse cometer um ato tão violento.

Caso

Fabiane confessou o crime à Polícia Civil, relatando que, após uma noite de bebedeira com amigos, que se estendeu durante toda a madrugada de sábada até a manhã de domingo, convidou Paula para “levar uma ideia” em sua casa por volta das 11h. Levada por raiva, Fabiane alegou inicialmente que matou Paula por ela ter batido em seu filho de 11 meses. No entanto, em depoimento à delegada Maria Salvia, admitiu que a motivação principal foi a descoberta de que Paula “ficava” com seu atual namorado, confirmando o motivo passional.

A assassina relatou que levou Paula até um igarapé, onde, com a ajuda de um comparsa, segurou a vítima enquanto a esfaqueava. Após o crime, o corpo foi enterrado na margem do igarapé, mas os pés da vítima ficaram expostos, facilitando sua localização. “Depois, voltei pra casa e contei pra minha mãe”, disse Fabiane, com frieza. Questionada sobre arrependimento, respondeu apenas: “Em parte, pelo meu filho.”

A princípio, Fabiane afirmou ter agido sozinha, mas caiu em contradição durante o interrogatório, revelando o envolvimento de um homem que ajudou a segurar Paula. O delegado Benedito Magno, da Seccional Urbana de Mosqueiro, destacou que a violência dos golpes sugere a possível participação de mais pessoas. “A maioria das facadas foi aplicada com extrema força, o que levanta a suspeita de que Fabiane não agiu sozinha”, afirmou.

O corpo de Paula foi encontrado no dia 16 de outubro de 2017, após Fabiane, presa por policiais militares, indicar o local do crime. A faca usada, descrita como uma arma afiada de grande porte, foi apreendida e entregue à Polícia Civil. As peritas Carolina Tavares e Creuza Ferreira, do Instituto de Criminalística, confirmaram as 32 facadas, concentradas em regiões vitais, evidenciando a brutalidade do ataque.

Paula e Fabiane se conheceram em um bar, e, como Paula não tinha onde morar, Fabiane a acolheu em seu barraco, que foi desmontado logo após o crime. A relação de amizade, no entanto, desmoronou com a traição. Fabiane foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para exames e, em seguida, transferida ao Centro de Recuperação Feminino (CRF) no Coqueiro, onde aguarda julgamento. A Polícia Civil segue investigando o caso, buscando identificar o comparsa mencionado e esclarecer possíveis outros envolvidos.