Em um emocionante relato de sobrevivência, o indígena Erivaldo Morimã, de 54 anos, escapou de um ataque de uma onça enquanto desfrutava de um momento de lazer com seus sobrinhos em uma cachoeira às margens do rio Juruena, na Aldeia Matrinchã. O incidente ocorreu no domingo, 13 de agosto.

Enquanto preparava-se para atravessar o rio com seus sobrinhos e um primo, Morimã testemunhou o momento em que a onça se preparava para atacar os meninos. Com um grito de alerta, ele tentou afastar o felino do grupo, mas acabou se tornando o alvo do ataque. Corajosamente, ele lutou contra a onça que o mordeu repetidamente, deixando-o com ferimentos sérios por todo o corpo. Apesar das feridas, Morimã conseguiu se afastar do predador, resgatando seus sobrinhos da iminente ameaça.

“Com a graça de Deus, eu nasci de novo”, compartilhou Morimã em uma emocionante entrevista à imprensa local.

Ele relembra o momento de agonia quando viu a onça preparando-se para atacar, e agradece por estar vivo para contar sua história.

O indígena sofreu ferimentos graves na cabeça, recebendo mais de 150 pontos para suturar os cortes profundos. Ele foi prontamente socorrido por seus sobrinhos, que o transportaram em um barco até um local onde ele pudesse receber o tratamento médico necessário. Morimã foi levado ao Hospital Regional de Alta Floresta, onde recebeu atendimento médico e cuidados intensivos.

Este não é o primeiro encontro de Morimã com a brutalidade das onças na região. Ele relata que um membro de sua família foi morto em um ataque semelhante às margens do rio Teles Pires. Além disso, a comunidade indígena onde vive enfrentou a trágica perda de uma criança vítima de uma onça no rio Juruena.