Um festival de matizes de tonalidades variadas, tons de canções, proclamações de repentes, recitações de cordéis e bailados de quadrilha junina tomaram conta do final de semana das famílias do Alfredo de Castro no sábado (28) da semana passada. É que a Secretaria Adjunta de Cultura e Juventude esteve nesse bairro com o “Toda praça é arte”, proporcionando aos moradores um encontro repleto de atividades lúdicas e de manifestações artísticas características do Nordeste brasileiro.

Sob a coordenação das servidoras Danieli Moreira e Nathânia Carbonato o evento, que foi guiado pelo tema “Cordel, cor e cantoria”, ofereceu à população oficinas de aquarela, artes visuais e desenho livre, de literatura e de biscoitos decorados. Ainda teve o “Espaço brincar” para as crianças e o Jeth e banda tocando músicas regionais, além da apresentação do grupo de quadrilha Império Junino.

Tanto os mais jovens quanto os mais experientes embarcaram nas brincadeiras. “Eles curtiram muito e aproveitaram as atividades. Tinha até adulto na oficina de desenho e pintando gravuras de cordéis”, lembra Nathânia, que é coordenadora de Artes Visuais, Artesanato, Audiovisual e Economia Criativa da Secretaria Adjunta de Cultura e Juventude.

A criançada lotou a oficina de biscoitos, se deliciando ao pintar com glacê e enfeitar com confetes doces a guloseima em formato de coração e de estrela. Já na oficina de literatura, os participantes treinaram a métrica da escrita de cordéis e receberam outros folhetos que foram levados pela equipe da Cultura para lerem em casa.

Gerente de departamento de políticas de livro, leitura, literatura e bibliotecas, Danieli fala sobre a realização que foi para ela expor o cordel para aqueles que vivem no Alfredo de Castro e toda a população que lá esteve: “Fiquei muito feliz de ver as pessoas conhecendo a literatura de cordel a partir dessa ação, principalmente porque muitos dos que vivem nesse bairro são de família provenientes do Nordeste e alguns deles não sabiam que essa manifestação cultural vem de lá. Então, eles puderam, com o projeto, tomar ciência de expressões de suas raízes”.

Quem também brilhou e atraiu olhares foi o mascote de Rondonópolis, a iguana, que estava estampada nas bandeirolas coloridas penduradas que faziam contraste com o azul do céu e a paisagem do cerrado. “Aproveitamos o espaço para homenagear o animal símbolo de Rondonópolis decorando o ambiente onde ficaram as tendas com bandeirinhas multicolores. Por coincidência, o mascote da nossa cidade também é uma réptil bastante presente no Nordeste e personagem de várias histórias populares daquela região”, salienta Danieli.

Além de todas essas atividades, o público pôde apreciar o som do Jeth e sua banda tocando ritmos do Nordeste entoados pelas vozes de Nathânia – que também é cantora – e da vocalista do grupo, Yasmin Waki Leite Silvério. “Foi surpreendente a receptividade da comunidade do Alfredo de Castro à programação. Fiquei muito satisfeita por ter cumprido nosso compromisso e, principalmente, nosso propósito de levar conhecimento e cultura a toda a população”, compartilha a coordenadora de Artes Visuais e Artesanato.