Suziene Cavalcante

Com reverência, honra e emoção profunda, recebo a Nota de Aplausos outorgada por unanimidade pelos nobres Desembargadores, Juízes e Varas do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, na pessoa da digníssima Juíza de Direito Tatyana Lopes de Araújo Borges.

Agradeço esse registro oficial que me consagra como parte do legado do Estado de Mato Grosso — terra que me constitui, me inspira e me acolhe. Quando um Tribunal de Justiça — uma das instituições mais sérias e conservadoras da República — outorga por unanimidade uma Nota de Aplausos a uma poeta, isso transcende o campo da literatura e entra no domínio da memória pública e jurídica do Estado, num tempo em que a arte muitas vezes se dissocia do compromisso social e histórico, e escorre por ruínas éticas, ruídos vulgares e polarizações primitivas.

Gratifico com todo o meu ser este louvor solene e público do Tribunal de Justiça, cuja elegância tem a profundidade de um Manifesto Intelectual de época, altitude e estatura. Este gesto não homenageia apenas uma escritora, mas reafirma o lugar da literatura como construção de identidade, como poder simbólico e como elo entre Justiça e Cultura.

Ser reconhecida como Monumento Patrimonial da História Cultural e Literária Matogrossense não é apenas uma honra que me emociona — é, sobretudo, um chamado à permanência do compromisso que sempre me guiou: o de fazer da poesia um instrumento de consciência, elevação e eternidade.


Se minhas palavras — transcritas em hinos institucionais, biografias poéticas e narrativas da História Nacional em forma de verso — encontram eco e ressonância nas instituições da Justiça, então é sinal de que a literatura continua viva, necessária e socialmente relevante.

E sei que é de múltipla responsabilidade estar inscrita, de modo digno e contribuitivo, na História cultural, jurídica, institucional, política e artística do Estado, sendo homenageada pelos Três Poderes e pela competência da Imprensa estadual, como figura pública com chancela oficial da arte matogrossense.

Agradeço ao Tribunal não apenas pelos aplausos, mas pela escuta sensível, pelo reconhecimento ético e pela nobreza de ver, na arte da palavra, uma aliada da justiça, da educação e da cultura.

Que esta honraria se converta em ainda mais responsabilidade: seguir escrevendo, com fidelidade à verdade, com amor à pátria e com fé no humano.

Recebam meu respeito mais profundo, minha gratidão eterna — e o compromisso renovado de continuar servindo ao Brasil com a pena e com o coração.

Suziene Cavalcante
Poeta e servidora da Cultura Nacional
Rondonópolis, 16 Junho de 2025