O deputado federal em 2º mandado e um dos líderes da direita em Mato Grosso, José Medeiros (PL) considera que ser rotulado como o ‘candidato da direita’ pode sim contribuir e muito para a vitória de lideranças que disputarem o comando de prefeituras no estado nas eleições 2024.

Medeiros comentou o assunto após a repercussão da fala de Ananias Filho, presidente do PL em Mato Grosso, que em entrevista vetou a chance de possível aliança com o pré-candidato a prefeito de Rondonópolis, Thiago Silva, exatamente porque o seu partido, o MDB, não tem compromisso marcado com as pautas de costumes e econômicas dos conservadores.

O parlamentar do PL reforça que não se trata somente de uma onda bolsonarista, como muitos preferem chamar, que por si só já seria um trunfo e tanto para quem tivesse esse público ao lado, mas de um conceito alicerçado. O federal explica que um candidato com a marca da direita já traz consigo um sumário muito claro e didático do que ele acredita, o que facilita a identificação popular.

“As falas de Bolsonaro, enquanto presidente, suas ações e toda repercussão que seu mandato teve, trouxe como legado essa definição explícita a todo Brasil do que é ser de direita. Em 2020, na última eleição municipal, isso já mostrou peso nas urnas, mas com certeza amadureceu ainda mais e terá papel decisivo em 2024, sobretudo em estados bolsonaristas como o nosso”, pontuou o deputado.

Medeiros avaliou que a população de Cuiabá já sabe, por exemplo, o que esperar de Abilio Brunini (PL) como possível prefeito da Capital, bem como os rondonopolitanos já têm noção do que seria Cláudio Ferreira (PTB) como eventual gestor municipal da cidade. Essa condição bem definida acelera a comunicação com a população, que por sua vez também já identificou o estereótipo da esquerda, conforme avalia o parlamentar.

“Ainda temos muito fresco na memória o que foi o Brasil com Bolsonaro e o que temos agora com Lula. No governo anterior tínhamos 23 ministérios, agora passaram para 37. Ficamos no Brasil quatro anos sem ouvir falar em aumento de impostos e agora só o que se fala é isso. Ou seja, a esquerda defende um Estado (Poder Público) inchado e a conta sempre sobra para o contribuinte. Essa é a receita do caos”, comentou.

O deputado acredita ainda que há um ponto pacífico sobre o norte de uma gestão comandada pelo centro, que sempre será a conveniência do grupo político situacionista fechado em si mesmo. Já na direita há uma interação rotineira com o público, o que explica o crescimento estrondoso dos conservadores na política.

“Perceba quem quer regular e censurar as redes sociais não somos nós e sim a esquerda e seus aliados. Nossa defesa é pela liberdade, tanto do mercado como do cidadão, desde suas finanças até suas opiniões. O eleitor também já sabe que a direita defende incondicionalmente a família, valores cristãos e uma administração pública onde a educação, saúde, segurança e habitação, por exemplo, funcionem e não se transformem em plataformas para a politicagem e roubalheira”, frisou Medeiros. Ele acrescenta ainda, que a esquerda sempre dividiu a sociedade na tentativa de se manter no poder.

“A esquerda defende o caos, quer que a população fique cada vez mais vulnerável para conseguir dominar. Não precisa ser de direita para repudiar essa atuação política, uma atuação que defende o aborto, a liberação das drogas, que é contra a família, a liberdade religiosa e econômica”.