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Como uma cooperativa faz a diferença na comunidade em que atua?
- Publicado em 11/06/2024
- 14:35
Tartarugalzinho, uma cidade de 12 mil habitantes no norte do Amapá. Por lá, a dificuldade de acesso ao crédito existia simplesmente porque o município, por ser de pequeno porte, não era atrativo para as instituições bancárias. Foi nesse cenário que a Cooperativa Sicredi Integração Mato Grosso, Amapá e Pará chegou à cidade, levando não só crédito, mas outros benefícios para esta comunidade.
Desde o início do cooperativismo, a motivação foi unir pessoas com objetivos em comum e representar o coletivo através da cooperação. Uma frase que pode ser complexa, mas que resume o que temos feito nas nossas praças de atuação: nos unir e levar mais do que dinheiro, mas uma parceria com a qual se pode contar.
Porque são as cooperativas que estão à disposição de todos, dos microempreendedores às grandes empresas, das donas de casa aos servidores públicos. Por exemplo, enquanto um banco tradicional precisa que a cidade tenha, pelo menos, 8 mil habitantes para se instalar, uma cooperativa tem o limite mínimo de 2,3 mil habitantes.
A própria Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) constatou isso, já que 50% das cooperativas estão presentes em municípios com até 12 mil moradores, o que reforça que estamos levando um conceito diferente de instituição financeira de crédito a todas as regiões. Levamos a inclusão financeira para as pessoas e de forma mais justa. Isso porque em uma cooperativa as taxas são menores e o cooperado ainda recebe parte dos resultados ao final do ano.
Quando chegamos ao Amapá, em 2021, percebemos que o cooperativismo ainda não era muito conhecido. Existia uma desconfiança de se acreditar em uma instituição tão diferente dos bancos tradicionais e com tantos atrativos. Com trabalho de formiguinha, levando esse conhecimento sobre a cooperativa, atingimos nesse período 21,7 mil associados, sendo 11 mil apenas em 2023.
Outra coisa que observamos, especialmente no Amapá, onde nos instalamos mais recentemente, é que a comunidade não estava acostumada a ter benefícios sociais vindos de uma instituição financeira. Eles passaram a conhecer as nossas ações que já chegaram a cerca de 20 mil pessoas com educação financeira, capacitação e auxílio financeiro.
Porque cooperar é isso. Vai além de conceder crédito. É unir pessoas. Beneficiar comunidades. Levar desenvolvimento e crescimento para a região. Cooperativismo é muito mais do que empréstimos, depósitos e cartão de crédito. É levar uma nova perspectiva, em que é possível educação financeira, finanças sustentáveis e colaboração entre a instituição e a sociedade.
Claro que não existe fórmula mágica. Ainda temos muito o que melhorar no Amapá, em Mato Grosso e no Pará, estados onde atuamos. Mas a diferença é que estamos aprendendo como ser melhores com os nossos associados. Eles não são apenas números, mas sim pessoas que cooperam com este processo. São eles que nos ajudam a crescer, a aprimorar os serviços, a oferecer novas alternativas.
Para o futuro, esperamos não apenas crescer e conseguir melhores resultados numéricos. Queremos levar inclusão financeira, oferecer crédito às pessoas – independente da sua renda – e proporcionar educação financeira, ensinando as pessoas a gerenciar seus recursos. Queremos e vamos construir um futuro melhor. Para Tartarugalzinho, para Macapá, para Rondonópolis, para Tesouro e para todas as cidades, sejam elas de que tamanho forem, em que decidimos investir. Que possamos ser melhores e melhorar a vida dos nossos associados.
*Marco Túlio Duarte Soares é presidente da Cooperativa Sicredi Integração MT/AP/PA.
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